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Programação na Alepa marca Dia Mundial da Acessibilidade

O objetivo é ampliar a visibilidade e o entendimento sobre as questões relacionadas à acessibilidade, inclusão e direitos das pessoas com deficiência

O Liberal

"A luta das pessoas com deficiência tem as peculiaridades relacionadas à condição de cada pessoa. Já temos várias leis, mas falta implementá-las e garantir a aplicação dos nossos direitos". A fala é da professora Pâmela Bastos, que é uma pessoa surda, e marcou a abertura da Semana da Acessibilidade da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que começou nesta segunda-feira (29), em alusão ao Dia Mundial da Acessibilidade, celebrado este mês. A programação visa ampliar a visibilidade e o entendimento sobre as questões relacionadas à acessibilidade, inclusão e direitos das pessoas com deficiência. 

A sessão solene foi uma iniciativa do deputado Fábio Figueiras com apoio do deputado Vítor Dias, e contou com a presença de parlamentares, órgãos parceiros da causa e entidades que lutam pela garantia dos direitos da pessoa com deficiência. "Temos um longo caminho não só na conquista, mas também na aplicação dos direitos [da pessoa com deficiência]", disse o deputado Fábio Figueiras.

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A deputada Lívia Duarte destacou que a garantia de direitos da pessoa com deficiência precisa ser uma política permanente. "É importante comemorar o que já alcançamos e buscar o que ainda é necessário. Há um longo debate sobre o tema, que é complexo, e precisamos discutir, pois as famílias querem que o poder público cumpra seu dever, que é proporcionar cidadania para essas pessoas com deficiência", ressaltou. "A cidadania é o caminho, mas isso precisa ser uma política de Estado e ter um arcabouço legal para o trabalho sempre ter continuidade", completou a parlamentar.

Para Luíza de Souza Leão de Almeida, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), não basta pensar apenas na inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, é preciso também investir na permanência. "A realidade é que a taxa de empregabilidade para pessoas com deficiência é muito baixa. As empresas não devem atuar para 'cumprir cotas’ e sim para serem instituições melhores", destacou.

A coordenadora estadual de políticas para o autismo, Nayara Barbalho, ressaltou que o Pará possui três centros especializados, em Belém e no interior, e que, ainda neste ano, outros dois serão entregues. Na ocasião, ela enfatizou a importância da união em prol da inclusão e destacou a importância da visibilidade para a causa. "Precisamos nos unir na causa das pessoas com deficiência. Enquanto isso não acontecer, essa parcela da sociedade não terá a representatividade que merece, mesmo sendo 24% da população", garantiu.

Ainda durante a sessão, foram prestadas homenagens às pessoas que dedicaram anos de trabalho na busca por uma sociedade mais acessível e inclusiva no Pará. A solenidade também teve apresentações artísticas de crianças e jovens com deficiência, atendidos pelo grupo Acessar - Núcleo Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), que encantaram o público com música, dança e talento.

Belém