Pará registrou este ano, até novembro, 2.490 casos de dengue

Belém é o município com o maior número de ocorrências, ainda segundo a Sespa

Dilson Pimentel/O Liberal
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Em 2020, foram registrados 1.864 casos de dengue no Pará. E, em 2021, segundo dados parciais coletados até o mês de novembro, 2.490 casos de dengue. E o município com maior registro é Belém, com 590 casos confirmados. As informações são da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará. A Sespa acrescentou que distribuiu larvicidas para os 13 Centros Regionais de Saúde, bem como atua no monitoramento junto aos municípios, que são os responsáveis pelas ações de campo como busca ativa.

A Sespa também elaborou plano de contingência estadual de dengue, promoveu a atualização das atividades de controle vetorial e vigilância epidemiológica em alguns municípios. Realizou, ainda, capacitação de manejo clínico das arboviroses para profissionais médicos e enfermeiros, desenvolveu oficina de atualização em Endemias para Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Assistência Farmacêutica e realizou palestra para acadêmicos de medicina.

O mosquito Aedes Aegypti também é transmissor da zika e da chikungunya. As manifestações clínicas da dengue, chicungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve, explicou a Sespa.  A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.  Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

Incidência de dengue no Acre e na região Centro-Oeste é preocupante

E a incidência de dengue no Acre e nos estados que compõem a região Centro-Oeste do Brasil é preocupante, informou o portal Brasil 61. Dados do boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde apontam que apesar de o número de casos da doença no país ter diminuído 44% na comparação com o ano passado, a quantidade de ocorrências registradas a cada cem mil habitantes no Acre, em Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal exige atenção. Até a semana epidemiológica de número 50, que se encerrou no dia 18 de dezembro, o Acre registrou 14.402 casos de dengue, e incidência de 1.566 ocorrências a cada cem mil habitantes. A incidência do estado é mais de seis vezes superior à média nacional (246,6 casos a cada cem mil habitantes). Em seguida vêm o estado de Goiás, com incidência de 742,6, Mato Grosso, cuja taxa é de 566,6, e DF, com 476,4 casos a cada cem mil habitantes.

Segundo Claudio Maierovitch, sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é difícil encontrar os motivos para que a incidência de casos nesses estados seja tão maior que nas demais unidades da federação. O especialista analisa a alta incidência de dengue no Centro-Oeste. “Pode ter alguma relação com a interrupção de atividades de prevenção. Mas é difícil imaginar que isso aconteceu em todos os estados do Centro-Oeste ao mesmo tempo. Aí, a gente pensa mais em fatores climáticos, como a alternância entre períodos de calor e períodos de chuva, que é o tipo de comportamento do clima que o mosquito gosta, do qual ele mais se favorece”, explicou. A chegada do período chuvoso e o calor típico do verão na maior parte do país formam o ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus da dengue, da chikungunya e da zika, afirma o sanitarista Claudio Maierovitch. Segundo ele, o período mais favorável à proliferação do mosquito vai do final de fevereiro até o início de junho. Por isso, o poder público e a população devem intensificar as ações de combate aos criadouros do Aedes aegypti nos meses anteriores.

Ele recomenda que, antes de começarem os casos mais numerosos nos lugares, as pessoas já ajam para tentar eliminar as condições favoráveis à transmissão antes que haja a explosão de casos, porque aí é muito mais difícil controlar. "Quando já tem muitos mosquitos adultos presentes no ambiente, o controle é muito mais difícil. O ideal é controlar quando ainda são ovos de mosquito ou mesmo larvas, que podem ser eliminadas com facilidade”, afirmou. 

Como mais de 80% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das casas das pessoas, o Ministério da Saúde lançou, no fim de novembro, a campanha de combate ao Aedes aegypti, com o slogan “Combata o mosquito todo o dia”. O objetivo da mobilização é mover gestores públicos, profissionais de saúde e a população sobre a importância de eliminar os potenciais criadouros do mosquito causador dessas doenças. Segundo o Ministério da Saúde, as arboviroses, entre elas a dengue, chikungunya e zika, têm grande impacto sobre a rede de saúde e não possuem vacina nem tratamento específico. Por isso, a melhor estratégia para reduzir casos e óbitos é impedir que o agente causador dessas doenças se prolifere.

Orientações:

• Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;

• Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;

• Não deixar água acumulada sobre a laje;

• Manter garrafas com boca virada para baixo;

• Acondicionar pneus em locais cobertos;

• Proteger ralos sem tampa com telas finas;

• Manter as fossas vedadas;

• Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;

• Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

Fonte: Sespa

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