Pará registra 79 mortes por afogamento em cinco meses

As praias que registram maior incidência de afogamento são a praia do Vai-quem-quer, Cotijuba, Distrito de Belém e Atalaia, em Salinópolis

Bruna Lima
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O verão amazônico já começou e nesse período é comum as famílias procurarem refúgio e lazer em áreas de praias e balneários de diferentes regiões do estado, mas para que o passeio termine bem é importante que os veranistas estejam em alerta quanto ao uso desses banhos para evitar transtornos como afogamentos. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, de janeiro a maio de 2022 foram registrados 122 óbitos por afogamento em todo o estado e no mesmo período de 2023 foram registrados 79.

Um dos casos registrados recentemente ocorreu na ilha de Outeiro, no último dia 4, uma criança morreu após se afogar na ilha do Amor. Nessa mesma data, o jovem Mateus Rocha Martins sumiu após tomar banho no rio Parauapebas, na região sudeste do Pará. O corpo do rapaz foi encontrado três dias depois.

Ainda de acordo com nota do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, a falta de percepção de risco dos banhistas e ausência da utilização de equipamentos de salvatagem corretos contribuem para o afogamento.

As praias que registram maior incidência são a praia do Vai-quem-quer, Cotijuba, Distrito de Belém e Atalaia, em Salinópolis.

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Diante dessa realidade, o Major do Corpo de Bombeiros Leonardo Sarges, explica que é importante salientar à população que o rio não é um ambiente adequado para fazer a prática de natação. Entretanto, se for fazê-la que utilize o equipamento adequado de salvatagem que é o colete salva-vidas. "Não são boias, nem colchões, nem qualquer outro material inflável que costumeiramente se utiliza", destaca o major.

Com relação às crianças, o cuidado deve ser redobrado e jamais abandoná-las tanto na faixa de areia, em relação às praias e, principalmente, no ambiente aquático. "Seja na praia ou na piscina é preciso muito cuidado no horário da preamar por causa das ondas fortes e os responsáveis devem sempre acompanhá-la a uma distância de segurança. O recomendado é um braço de adultos esticado, pois caso ocorra alguma situação o responsável consiga puxar a criança para próximo de si", explica o major.

A maré alta é o momento em que as ondas são mais fortes, a amplitude das ondas são maiores sobretudo se coincidir com a força dos ventos, algo mais frequente nas praias, onde forma corrente de retornos ou possuem valões e isso aumenta ainda mais o perigo. “Então, evitar ficar nessa condição, por exemplo, quando está chovendo não é recomendado a pessoa ficar na água enquanto estiver chovendo porque pode ter uma descarga atmosférica e ela sofrer um choque. Então quando chove o recomendado é que a pessoa saia do ambiente aquático”, reforça.

Em caso de estar diante de uma situação de emergência como o afogamento, se a pessoa não tiver o treinamento adequado não deve tentar salvar a vítima, pois é comum se tornar uma segunda vítima do afogamento. Então recomendamos que acione ou guarda-vidas ou o Corpo de Bombeiro por meio do 193.

Outro alerta sobre o ambiente aquático é com relação aos acidentes ocasionados por elementos das natureza, como as ferradas de animais.

“A pessoa deve ter muito cuidado quando a maré está baixa, pois é comum formar algumas poças d'água e a pessoa pisa em arraias e o animal, por um instinto de defesa, dispara uma ferrada. Com relação a outros animais como água vivas e caravelas também é comum esse tipo de contato com a pele provocando queimaduras”, diz o major.

O Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil está desenvolvendo aplicativos para serem implementados durante a operação verão, que vai começar no próximo dia 30 de junho.

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