Pará não registra roubos a bancos na modalidade 'novo cangaço' há quase um ano e meio

Com os resultados apresentados, o Pará se destaca no combate à criminalidade, em especial, com relação às ocorrências de roubo a banco.

Agência Pará

O trabalho das agências de inteligência aliado aos investimentos e estratégias adotadas pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), junto às forças de segurança pública, eliminaram em cem por cento os roubos a banco na modalidade "novo cangaço", no Pará, há um ano e cinco meses. A informação é da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Segup, com números divulgados nesta sexta-feira (7).

O roubo a banco na modalidade vapor ou novo cangaço é caracterizado pela violência de grupos criminosos que chegam a determinado município, fortemente armados, dominando a população e as forças de segurança pública, e atacando instituições. O termo foi usado no Pará no início dos anos 2000, mas a forma de atuação também é comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.  

Segundo os dados da Siac, em  2024, o Pará não registrou roubo a banco nessa tipificação criminal, de novo cangaço. Nos anos de 2018, 2019, 2020, 2022 e 2023, foram registrados, respectivamente, 19, 15, 3, 2 e 1 casos. Em 2021, também não houve nenhuma ocorrência do tipo.

A Siac destaca que o último caso ocorreu em 8 de setembro de 2023, em Viseu, nordeste paraense, e todos os casos foram esclarecidos, com as respectivas autorias identificadas e indiciadas.

Com os resultados apresentados, o Pará se destaca no combate à criminalidade, em especial, com relação às ocorrências de roubo a banco. Há alguns anos, o 'novo cangaço' ou domínio de cidade, provocava diversos transtornos e prejuízos econômicos em municípios.

image Equipe da Polícia Civil (Divulgação / Polícia Civil)

 

 

 

Prisões e grupos desarticulados

O titular da Segup, Ualame Machado, enfatiza que em alguns estados do Sul e Sudeste, as ocorrências do gênero aumentaram. "No Pará, a gente tem nos últimos quatro anos o registro de três ocorrências, sendo que nos últimos um ano e cinco meses não tivemos qualquer registro. Inclusive o ano de 2024 não teve ocorrência desse tipo de crime, o que demonstra que a gente tem um trabalho de inteligência muito bem feito, visto que algumas prisões foram feitas antecipadamente a essas ações que estavam sendo articuladas por grupos criminosos", .

Ainda segundo Ualame, a Segup deu ampla e integral resposta aos casos que vieram a ocorrer nos últimos quatro anos. "Todos os envolvidos foram presos, alguns morreram em confronto com a polícia, armamentos foram apreendidos e até valores recuperados, o que demonstra que estamos atentos e atuando para que o Estado mantenha a estabilidade, siga desarticulando os grupos criminosos e garanta a segurança da população em todos os municípios", afirmou. 

Estratégias

Os investimentos em inteligência, a troca de informações, inclusive com outras federações, têm possibilitado a realização de investigações meticulosas e o fortalecimento da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro e da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculadas à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), junto a todas as ações planejadas e integradas entre as forças de segurança, que possibilitam o enfrentamento a esse tipo de ocorrência e a punição dos envolvidos.

image Os investimentos em inteligência e a troca de informações, inclusive com a polícia de outros estados, têm possibilitado investigações mais robustas e o fortalecimento das unidades de repressão ao crime organizado (Foto: Bruno Cruz / Agência Pará)

 

 

 

Outra estratégia foi a criação, em 2022, do Comitê Permanente de Enfrentamento às Ações Criminosas Contra Instituições Bancárias e Transportes de Valores, formado por especialistas das forças de segurança, para o estabelecimento de estratégias de combate e prevenção da criminalidade na capital e interior.

Resolutividade

No último assalto do tipo 'novo cangaço', ocorrido em Viseu, teve como resposta das forças de Segurança Pública, em menos de 72 horas, a localização de seis envolvidos. Três pessoas foram presas em flagrante e três vieram a óbito, após confronto com as equipes policiais. Nesta ação, foram apreendidos armamentos, explosivos, coletes balísticos e dinheiro, entre outros materiais utilizados pelos criminosos. 

O delegado Felipe Castro, titular da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos e Antissequestro (DRRBA), ressalta a importância da atuação da unidade no combate e repressão aos crimes que geram uma série de prejuízos à instituição financeira. O roubo na modalidade 'novo cangaço' inclui crimes como "corte" (furto qualificado) e "sapatinho" (extorsão mediante sequestro). 

“Frisa-se que crimes na modalidade "novo cangaço" ou "vapor" não ocorrem há quase um ano e meio no Pará. Portanto, é importante enfatizar que ações integradas com outras forças de segurança, o uso de instrumentos de inteligência, de análise, e a investigação de campo têm sido essenciais para identificar os criminosos e desarticular as quadrilhas envolvidas com roubo a banco, garantindo, assim, a redução significativa dos números de crimes em nosso Estado”, afirma o delegado.

Segundo a Polícia Civil, por meio da DRRBA, de janeiro de 2023 a janeiro de 2025 foram realizadas 22 prisões de envolvidos nessa modalidade. Em outras modalidades, no mesmo período, foram realizadas 20 prisões de envolvidos com corte (furto qualificado contra instituição financeira) e 11 prisões de envolvidos com sapatinho (extorsão mediante sequestro tendo por vítimas funcionários de instituições financeiras e seus familiares).

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