Pará alcança recorde histórico com apreensão de mais de 13 toneladas de drogas em 2024

Houve aumento de 44,53% no número de apreensões em relação ao ano de 2023, quando foram recolhidas mais de 9 toneladas

Agência Pará

Trabalho investigativo, investimentos tecnológicos e ações estratégicas de enfrentamento ao tráfico de drogas no Pará resultaram na maior apreensão de entorpecentes da história do estado: ao todo, 13 toneladas foram apreendidas pelas forças de segurança nos 12 meses de 2024. Os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), apontam um aumento de 44,53% no número de apreensões em relação ao ano de 2023, quando foram retidas mais de 9 toneladas das mais diversas substâncias ilegais.  

Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, as estratégias do governo para inibir e coibir esse tipo de prática criminosa, com ações e investimentos específicos para monitoramento das rotas utilizadas pelo tráfico - com destaque para a implantação das Bases Fluviais ‘Antônio Lemos’ e ‘Candiru - bem como a qualificação e expertise dos agentes de segurança que atuam nessas ações, têm sido fundamental para o aumento das apreensões e desarticulação dos grupos criminosos.

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A ação que resultou na apreensão da droga ocorreu na tarde de sexta-feira (3/01)

“Com um trabalho firme e integrado, o Pará ultrapassou a marca de 13 toneladas de entorpecentes apreendidos, registrando assim um feito histórico. O estado vem superando o número de apreensões de drogas a cada ano, e, no último, ultrapassou o número de apreensões entre todos os anos anteriores. Em seis anos de adoção das novas estratégias e um trabalho contínuo, conseguimos fazer a apreensão de mais de 50 toneladas de drogas, demonstrando a eficiência das medidas tomadas, desde o início, pelo Sistema de Segurança do Pará”, explicou o titular da Segup. 

Fiscalizações estratégicas

“Nós temos fiscalizações em todas as áreas do estado, seja via terrestre ou fluvial, porém, como a principal rota usada pelo tráfico no Pará é a fluvial, estabelecemos desde o início da gestão uma estratégia pontual com a criação de Bases Fluviais, além da aquisição e incremento de novas embarcações, visto que a área fluvial do Estado é muito extensa. Então hoje, contando com mais de 80 embarcações, entre as quais seis blindadas, além de duas Bases Fluviais - uma instalada no estreito de Breves e outra na região conhecida como ‘garganta do Amazonas, em Óbidos - temos feito várias apreensões em embarcações que chegam ao Pará vindas do Amazonas e do Amapá”, informa Ualame Machado.

Apreensões

Em 2024, o Estado apreendeu o total de 13.234,342 kg de entorpecentes, sendo 2.883,275 kg de cocaína e 10.351,067 kg de maconha. Em 2023, as apreensões de drogas somaram 9.156,569 kg, divididos em 3.261,362 kg de cocaína e 5.895,207 kg de maconha. Em 2022, dos 3.417,873 kg de entorpecentes retidos em ações da Segup, 1.453,377 kg eram de cocaína e 1.964,873 kg de maconha. No ano de 2021, as apreensões totalizaram 10.081,517 kg, sendo 4.914,914 de cocaína e 5.166,603 de maconha. Em 2020 foram 10.963,265, sendo 6.955,05 kg de cocaína e 4.008,215 kg de maconha. Em 2019, foram 3.681,678, sendo 962,442 kg de cocaína e 2.719, 236 de maconha.  

Monitoramento

No Pará, os principais pontos de passagem de drogas são mapeados e analisados diariamente pela Segup, por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), em conjunto com as polícias Civil e Militar, que atuam em ações que já resultaram em grandes apreensões e desarticulação de grupos criminosos.

“Nesses pontos estratégicos previamente mapeados pelas nossas agências de inteligência é onde geralmente conseguimos fazer as grandes apreensões. Quando a droga consegue passar sem ser percebida, monitoramos o seu trajeto e, posteriormente, conseguimos fazer o flagrante. A exemplo do estreito de Breves, onde a nossa Base Flutuante registrou, somente em 2024, mais de 1 tonelada de substâncias retidas, pois essa região é um dos principais corredores vindos do Rio Amazonas. Desta forma estamos sempre bem posicionados e trabalhando constantemente em estratégias para coibir e inibir o tráfico no Pará”, explicou o titular da Segup.

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