Pará 2050: políticas públicas para um futuro sustentável
O Pará 2050 tem o objetivo de planejar políticas públicas que garantam um futuro sustentável e, para isto, se propõe a ouvir da população das diversas regiões do Estado sobre suas necessidades mais urgentes
Uma das etapas mais importantes da construção do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará – Pará 2050, a realização de plenárias para escuta social devem começar já no próximo mês de abril. O anúncio foi feito no evento de lançamento do planejamento, que reuniu em Marabá autoridades locais e de municípios vizinhos, além de empresários e representantes da sociedade civil. A apresentação das atividades e o cronograma do planejamento foi realizada no Centro de Convenções Leonildo Borges Rocha.
O Pará 2050 tem o objetivo de planejar políticas públicas que garantam um futuro sustentável e, para isto, se propõe a ouvir da população das diversas regiões do estado do Pará sobre suas necessidades mais urgentes. A governadora em exercício, Hana Ghassan, participou do lançamento e avaliou que esse é o principal diferencial para a construção do planejamento.
"Qualquer cidadão pode participar. Representantes de movimentos sociais, do empresariado, indígenas. Todos os segmentos da sociedade estarão representados nessas audiências públicas. Uma das etapas mais importantes é a escuta social. Também iremos fazer mobilização e plenárias regionais temáticas para que a gente possa construir em conjunto esse planejamento que será estratégico para o estado do Pará", disse a governadora.
A empreendedora social Gilmara Neves foi uma das representantes da sociedade civil que esteve no evento. Para ela, ouvir a população é garantir que nenhum grupo seja esquecido na construção do Pará 2050. “Estamos vivendo tempos muito difíceis para quem é mulher. Somos vítimas de violência todos os dias. E planejar o futuro do estado é ter a chance de incluir o desenvolvimento de políticas específicas que possibilitem a redução das várias violências praticadas contra as mulheres”, analisou.
Já o indígena Ubirajara Sompré, membro da Federação Paraense dos Povos Indígenas, representou o povo Gavião. Na avaliação dele, essa é uma oportunidade que os povos originários terão para que suas especificidades respeitadas. "Nós estamos nas aldeias, mas também estamos nos grandes centros urbanos, nas universidades, buscando direitos, formação acadêmica, ocupando cargos públicos e construindo novos rumos para o nosso estado. Há muito tempo, não somos mais só expectadores. Por isso, essa possibilidade de o nosso povo ser ouvido é muito bem-vinda", disse o indígena.
Para o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, a abertura do Executivo estadual para ouvir da população quais são suas necessidades chega para aumentar a sensação de pertencimento da população dos municípios do interior. "Ao longo da história, sempre nos sentimos muito isolados da capital e, consequentemente, do centro de decisões importantes. Então a disposição do governo a vir até Marabá e se propor a ouvir a nossa população, é mais do que se abrir para a manifestação popular, é inserir definitivamente a região nesse contexto", afirmou o vice-prefeito.
De acordo com o cronograma da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), pasta responsável por conduzir a elaboração do Pará 2050, as atividades previstas pela devem ser executadas em período de 15 meses por equipes do governo do Estado e da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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