Pará tem apenas 40% de cobertura vacinal contra a gripe
Estado precisa imunizar pelo menos 90% do público-alvo até 31 de maio
Em 30 dias da Campanha de Vacinação contra a Gripe, o Pará está com uma cobertura vacinal de apenas 40%, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). É fundamental que a população continue procurando os pontos de vacinação, para que pelo menos 90% dos públicos-alvos sejam imunizados até 31 de maio, o equivalente a 1.838.439 pessoas.
De acordo com a Coordenação Estadual de Imunizações da Sespa, até o momento as coberturas vacinais por grupo prioritário são as seguintes: crianças (34,70%), trabalhadores de saúde (45,37%), gestantes (35,84%), puérperas (43,85%), indígenas (20,57%), idosos (48,86%), pessoas com doenças crônicas (44,90%), população privada de liberdade (21,15%), funcionários do sistema prisional (39,98%), policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas (13,94%).
Diante da desse cenário preocupante, a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, ressalta a necessidade de a população ir aos postos de vacinação nas últimas três semanas da campanha. “Confiamos em chegar aos 90% de cobertura vacinal, uma vez que as semanas serão corridas, isto é, sem feriados, o que, geralmente, na avaliação da equipe técnica, quebra o ritmo da campanha, levando as pessoas a aguardarem pelos últimos dias”, disse Jaíra, Ataíde, acrescentando que os municípios estão sendo incentivados pela Sespa a realizarem estratégias para intensificar a vacinação.
No Pará já foram notificados 124 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com seis óbitos provocadas pelo vírus Influenza, sendo quatro por Influenza A/H1N1 e dois por InfIuenza B, dois dos três tipos de vírus que podem ser evitados com a vacina oferecida na campanha.
Dos casos notificados, 104 (83,87%) tiveram amostras de secreção coletadas para exame laboratorial, das quais 24 (23,07%) deram resultado positivo para vírus respiratório, sendo 11 para Influenza B, oito para Influenza A/H1N1, dois para Parainfluenza 3, dois para Adenovírus e um para Vírus Respiratório Sincicial.
Agravamento - A SRAG é o agravamento de um quadro gripal, por isso é necessário que a população tome a vacina para evitar a doença, que pode ser muito grave em pessoas dos grupos prioritários, principalmente crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas.
A população mais acometida por SRAG é formada por crianças de sete meses a menores de dois anos de idade, com 34 casos notificados; crianças menores de seis meses de idade, com 29 casos registrados, e de três a dez anos de idade, com 21 casos. Os municípios com maior número de notificações foram Belém (89) e Marituba (09), ambos na Região Metropolitana, e Parauapebas (8), no sudeste paraense.
Na Campanha de Vacinação estão funcionando 2.958 postos de fixos, 758 volantes terrestres e 62 volantes fluviais, com 5.338 equipes de vacinação, envolvendo 21.350 profissionais.
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