OUÇA: Dia Nacional de Combate à Tuberculose reforça a importância da vacina e prevenção

A doença está presente entre os seres humanos desde a antiguidade e estima-se que cerca de 1% da população mundial esteja infectada com a tuberculose

O Liberal
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O Dia Nacional de Combate à Tuberculose, celebrado nesta quarta-feira (17), é um importante momento para alertar a população acerca dos perigos da doença e as melhores medidas de prevenção, principalmente sobre a principal maneira de prevenir a tuberculose, que é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin).

Para intensificar as informações, o programa Panorama Liberal, apresentado pelo jornalista Celso Freire, na rádio Liberal AM, convidou o médico pneumologista do hospital Hapvida, Walter Netto, para explicar sobre a causa da doença, uma bactéria chamada bacilo de Kock que ataca principalmente os pulmões, mas pode afetar em qualquer outra parte do corpo. “Infelizmente ainda é uma doença muito comum, principalmente no Pará”, alertou Netto.

O Brasil está entre os 30 países com mais casos de tuberculose. O médico Walter Netto afirma que por ser um país com população adulta muito grande e que apresenta um grande percentual sujeito às mazelas sociais, inclusive no Pará, existem muitos indivíduos habitando o mesmo espaço de moradia, sem condições adversas adequadas de saúde. "Nos últimos anos, o Pará apresentou uma média anual de 4166 casos novos de tuberculose e uma taxa de incidência 48,89%", afirma o especialista.

O médico ressaltou que, devido à pandemia da covid-19, o número de casos de tuberculose caiu consideravelmente. Esse quantitativo pode ter relação com a subnotificação em decorrência do distanciamento social e a limitação do acesso das pessoas aos serviços de saúde.  “A doença é muito presente no Pará e é de fácil contágio. A transmissão pode acontecer entre as pessoas, pelo ar, através da respiração de cutículas infectadas que podem ser liberadas através da tosse", explica o médico. 

A faixa etária mais atingida no Brasil está entre os 20 e 49 anos. Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, o adoecimento de tuberculose está, muitas vezes,  ligado às condições precárias de vida. A melhor forma de prevenção é com a vacinação. Através do imunizante BCG, que deve ser aplicada logo depois do nascimento da criança ou até os 5 anos de idade, para uma melhor eficácia.

O tratamento tem a duração de, no mínimo, seis meses. É gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O médico acrescenta que os cuidados precisam ser realizados em regime de tratamento diretamente observado, no qual ocorre uma ação de apoio e monitoramento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos profissionais de saúde. "É necessário que a população se mantenha atenta aos sintomas que podem se tornar persistentes e procurar ajuda médica", finaliza o pneumologista.

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

Ouça a entrevista completa com Walter Netto

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