Obras estaduais de saneamento de canais combatem alagamentos em Belém

Canais do Tucunduba, da Mundurucus, da Timbó e da Gentil Bittencourt, no trecho entre a travessa Teófilo Conduru e a rua da Olaria, já foram entregues pelo Governo do Estado

Agência Pará

A entrega de canais revitalizados e o avanço das obras de saneamento em Belém são serviços estratégicos no combate de alagamentos, sobretudo, no período de maior incidência de chuvas na capital. Entre os canais contemplados pela ação do Governo do Estado, estão os localizados nos bairros do Guamá, Terra Firme, Canudos, Marco, Reduto, Cidade Velha, Bengui, Marambaia e Curió-Utinga. 

A engenheira sanitarista da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), Lia Pereira, explica que o principal benefício dessas intervenções é facilitar o escoamento das águas provenientes das chuvas, que tendem a se acumular em áreas mais baixas das bacias hidrográficas na cidade e, juntamente, com o acúmulo de lixo, causam assoreamento e o transbordo dos canais.

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“As infraestruturas de macrodrenagem construídas nos canais e de microdrenagem em áreas ao entorno facilitarão o escoamento das águas acumuladas, mesmo no período não chuvoso na região amazônica, contribuindo para valorização dos imóveis e impedido a contaminação de doenças de veiculação hídrica, bem como, a proliferação de vetores. Há muito tempo, antes da construção de canais, existiam lagos e terrenos alagados que foram aterrados ou ocupados por habitações irregulares”, aponta a engenheira.

Saneamento é fundamental para a saúde e bem-estar da população

Moradora há mais de 50 anos do bairro de Canudos, em Belém, Nazaré Vera Cruz afirma que os benefícios propiciados pelas obras nos canais garantem mais qualidade de vida para a população. “Com os alagamentos que sofríamos, minha casa inundou várias vezes. Já precisei fazer obra para aumentar o nível da casa, já perdi bens materiais, assim como os meus vizinhos. Agora, com o avanço das obras, já sentimos a diferença no escoamento da água e sabemos que vai melhorar, cada vez mais, o nosso dia a dia”, celebra Nazaré Cruz. 

O professor e coordenador do curso de geografia da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Rodrigo Rafael de Oliveira, pontua que entre as principais bacias hidrográficas de Belém estão a do Una, que engloba, aproximadamente, 38 km² da área urbana de Belém, e do rio Murutucu, com 27 km², compreendendo áreas mais suscetíveis a alagamentos, com risco de exposição a inundação muito alto.

“Como vários canais de Belém têm uma profundidade pequena, com cerca de 3 metros, com o tempo e o processo de sedimentação do leito, sofrem um processo de assoreamento, e com isso vão ficando mais rasos e comportando menor volume de águas pluviais. Por isso, essas obras são extremamente relevantes para diminuir essas áreas suscetíveis a inundações e isso reduz a exposição ao risco, especialmente, de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica. Esses problemas de acesso ao saneamento básico e infraestrutura urbana atingem 15% da população da Região Norte, é um problema histórico que está tendo o olhar dos investimentos do Governo do Estado, o que é de suma importância”, ressalta o professor.

Belém tem obras concluídas e obras em andamento

As obras de macrodrenagem dos canais de Belém, de acordo com a Seop, vão beneficiar diretamente 520 mil pessoas. Os canais do Tucunduba, da Mundurucus, Timbó e Gentil Bittencourt, no trecho entre a travessa Teófilo Conduru e a rua da Olaria, já foram entregues pelo Governo do Estado. Estão em andamento as obras dos canais da Gentil Bittencourt (completo),  Nova Doca, Benguí, Marambaia, Lago Verde, Nova Tamandaré, Cipriano Santos, Mártir, Murutucu, Sapucajuba, Caraparu, Leal Martins, Vileta e União. 

obras canais

Desde 2019, o Governo do Estado vem investindo no maior programa de macrodrenagem de canais em Belém. São trabalhos  para prevenir inundações e alagamentos, permitindo maior qualidade de vida antes inacessível à população residente às margens dos canais. Belenenses, que há décadas, viam suas casas invadidas pelas águas, principalmente no período de chuvas intensas.

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