Natação para crianças garante muitos benefícios e salva vidas
Durante as aulas, as crianças aprendem como agir em casos de acidentes em áreas fechadas, como em piscinas, e também em regiões litorâneas, de praias
Ainda aos oito meses de nascido, Pedro iniciou as aulas de natação e, agora, já se mostra bastante independente dentro da piscina. A mãe já percebe na criança a evolução com o andamento das aulas. “A gente tem observado que ele tem melhorado a qualidade do sono, a gente notou que ele não adoece com facilidade e acredito eu que a natação ajudou bastante nisso”, afirma a servidora pública Francine Cavalcante. “Outro ponto positivo que eu não posso deixar de falar é interação outros coleguinhas. Ele está mais aberto a brincadeiras, às atividades de cooperação com os outros alunos. Isso é um ponto muito positivo também”.
VEJA MAIS
Natação infantil é uma atividade que traz muitos benefícios para as crianças, além de ser um esporte que ajuda no desenvolvimento cognitivo e da coordenação motora, também é um meio de prevenir afogamentos. Para isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a natação já a partir dos seis meses de idade. Durante as aulas, as crianças aprendem como agir em casos de acidentes em áreas fechadas, como em piscinas, e também em regiões litorâneas, de praias.
“A gente começa, literalmente, estimulando esse bebê de uma maneira muito mais tranquila, para que quando ele chegue à fase de aprendizagem mesmo, ele já vai ter um desenvolvimento muito melhor. Fora todos os outros benefícios externos da natação que a gente tem, que é o sono da criança, alimentação, a socialização, o desenvolvimento mesmo, que ocorre de uma maneira totalmente diferente”, explica a professora de natação Hilda Mota. “De uma maneira divertida, fazendo de conta que a gente está contando uma historinha, eles vão aprendendo, a gente vai instruindo a criança para que ela mantenha a calma enquanto estiver na água, que aprenda a nadar ou flutuar e consiga esperar pela ajuda de um adulto. É o que a gente chama de segurança aquática, que envolve também a orientação dos pais quanto à segurança em áreas com piscinas”.
Dados divulgados anualmente no boletim elaborado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático apontam que quatro crianças morrem afogadas todos os dias no país. Isto representa uma média de 1.530 afogamentos ao ano, o que torna esta a segunda causa de morte mais comum entre crianças com idades de 1 a 4 anos. Outro detalhe alarmante é que cerca de meta desses casos poderia ter sido evito, já que 50% dessas mortes ocorre em decorrência de acidentes que acontecem dentro de casa.
Aprender a nadar brincando foi o que salvou a vida do pequeno Miguel. “Ele passou por um afogamento doméstico enquanto pedalava o seu triciclo. Em um instante que ele ficou sem supervisão, o triciclo virou e ele caiu na água, a mais ou menos um metro de distância da borda”, detalha a administradora Maíra Viana, mãe do garoto. “Graças a Deus e a natação, o Miguel conseguiu se salvar sozinho. Ele conseguiu chegar até a borda da piscina e pedir ajuda. A natação, realmente, salva vidas”, conclui.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA