Mulher é picada por escorpião ao comprar banana em Santarém; hospital alerta para os riscos
O HMS é referência na região oeste do Pará para tratamento de acidentes peçonhentos e faz as orientações à população
Eliara Bendelack foi picada por um escorpião preto em uma frutaria do bairro Santa Clara nesta terça-feira (24), no município de Santarém, oeste do Pará. Ela chegou ao Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM) com dor e leves espasmos em um dos dedos da mão direita, o fluxo para acidentes com animais peçonhentos foi realizado de imediato com a aplicação do soro antiescorpiônico. O HMS é referência no oeste do Pará nesse modelo de acolhimento.
Segundo a assessoria de comunicação do Hospital Municipal, do dia 1ª de janeiro até o momento a unidade já atendeu 15 casos de acidente escorpiônico, ocorrido na área urbana e rural da cidade.
A paciente conta que foi comprar uma palma de banana para a mãe no bairro onde moram, e, ao escolher e segurar o fruto sentiu uma picada. De acordo com ela, não imaginou que era um escorpião. “Eu falei para o dono da venda que estava atendendo que eu tinha sentido um choque no dedo, doeu bastante, eu achei que era uma abelha. Eu descobri o que de fato era quando uma banana soltou da palma, o escorpião caiu em cima do balcão. Eu tomei um susto enorme”, relata.
Após o acidente escorpiônico, ela se dirigiu ao PSM com o Arachnida morto em um recipiente. A equipe multiprofissional, que já é treinada para esse tipo de atendimento, aplicou o soro e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HMS (NVEH) fez a notificação. “Graças a Deus eu fui atendida em 10 minutos. Então acredito que isso fez toda diferença para eu não ter piora no quadro. O atendimento foi maravilhoso, o infectologista pediu alguns exames e o meu dedo não demonstra sinais de inflamação”, enfatizou Eliara, que já recebeu alta médica.
Especialista do HMS alerta para os riscos
Segundo o infectologista do HMS, Dr. João Assy, existem centenas de espécies de escorpião e nem todas causam problema grave de saúde, no entanto, ele alerta que quando alguém for picado que se dirija ao Hospital. “Na nossa região a espécie que causa um problema maior de saúde é do tipo preto da Amazônia. Então é feito uma análise para aplicar o soro e evitar complicações e até a morte”, explica.
O especialista alerta ainda para precauções no dia-a-dia com objetivo de evitar o acidente. “Essas espécies de animal gostam de entulho, madeira, nesse caso, muito cuidado ao limpar a casa ou o quintal, ele pode grudar na roupa, entrar no sapato e ficar em meio a objetos, frutas. A época mais comum é no verão, porém nesse período não são descartados casos”, orienta.
Dados de atendimento
O HMS é referência no oeste do Pará nesse modelo de acolhimento e tem um o NVEH que é credenciado e reconhecido pelo Ministério da Saúde para fazer a identificação, notificação e manejo dos acidentes com animais peçonhentos, que inclui os acidentes com escorpiões.
Em 2022, o Hospital recebeu 271 pacientes após picada de escorpião e em 2021 foram 196 atendimentos. Neste mês, até o momento, a equipe assistencial já acolheu 15 pessoas, incluindo o caso na área urbana da cidade, no bairro Santa Clara. Em geral, as notificações ocorrem nas comunidades rurais e do planalto santareno.
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