Missa de Imposição das Cinzas é realizada na Catedral Metropolitana de Belém nesta quarta-feira (5)

Monsenhor Agostinho Cruz presidiu a missa que abre a preparação para a Quaresma católica

Dilson Pimentel e Vito Gemaque

A Igreja Católica celebra a Missa de Imposição das Cinzas nesta quarta-feira (5). Em Belém, a Arquidiocese realiza celebrações em 109 paróquias das oito Regiões Episcopais. A celebração marca o início da Quaresma e segue até o Domingo de Ramos, período recomendado à reflexão, conversão, prática de penitência e jejum em preparação para Páscoa. A missa é celebrada nesta manhã da Quarta-Feira de Cinzas na Catedral Metropolitana de Belém, pelo monsenhor Agostinho Cruz.

 

Missa da Imposição da Cinzas

Em entrevista à imprensa, após a missa, o monsenhor Agostinho Cruz, Cura da Catedral de Belém, explicou que a Quaresma começa nesta quarta com a imposição das cinzas, com esse rito austero que mostra a penitência e o desejo sincero de uma conversão. “Então a Igreja entra na Quaresma, que são 40 dias, mas com uma finalidade muito própria, que é, de fato, a festa da Páscoa do Senhor. Então uma festa tão importante, que é o fundamento da fé católica, que é a Páscoa, que é a morte e a ressurreição de Cristo, tem que ter uma longa preparação. E essa longa preparação é marcada pelo jejum, que é a penitência, pela oração e pela esmola, que é a prática da caridade”, explicou.

Sobre a promessa, ele disse: “Se eu tirar o alimento por questões estéticas, isso não é penitência nenhuma. A penitência, de fato, é uma mortificação. Então, todo fruto da Quaresma, da oração intensa, do jejum e da esmola é para que me torne uma pessoa melhor”. O monsenhor explicou que a mensagem que fica da Quaresma é o texto do Evangelho que diz: ‘lembra-se que é pó e ao pó retornarás’. Lembra da nossa finitude humana. Se o ser humano entende que ele é finito, que ele é limitado, que ele não é todo poderoso, ele vai entender a viver melhor ele mesmo, viver melhor com Deus e viver melhor com o próximo, sem julgamento, sem palavras falsas, sem condenação. Então, é de fato uma mudança de vida”, afirmou.

"A Páscoa marca para nós a nossa fé católica. Se Cristo não houvesse ressuscitado, vã seria a nossa fé, de São Pedro. Então, nós celebramos a festa da ressurreição. Como é a festa que dá sentido à vida da Igreja, é longa a preparação. 40 dias que vão lembrar 40 anos no deserto do povo hebreu, 40 dias que Jesus passou também no deserto sendo tentado. Então, é um tempo de preparação. Essa preparação, esse caminhar, é justamente pedagógico. É para que, de acordo com as passadas que eu dou na Quaresma, eu vou deixando para trás o homem velho. O homem velho é a imagem do pecado, para começar uma vida nova, para frente, na graça de Deus", acrescentou.

Monsenhor Agostinho disse ainda que as cinzas, desde o Antigo Testamento, marcam o sinal da penitência. “Quando Deus reconhece o pecado de Adão, ele diz: ‘lembra-te que é pó e ao pó retornarás’. Então, é lembrar que o homem pecador se tornou frágil. Por causa do pecado, a morte entrou no mundo. Então, impor as cinzas é lembrar que eu sou finito, que eu sou mortal, por isso eu tenho que cuidar da minha vida e cuidar da vida do irmão. É um sinal de penitência. Aqui eu estou de penitência. Eu reconheço que eu sou pecador, mas eu reconheço a minha misericórdia de Deus, que é muito maior que meus pecados”, afirmou.

A técnica de enfermagem Eunice Tavares, de 57 anos, esteve na missa desta manhã na catedral.  "Representa o momento de perdão, o momento do jejum e o arrependimento", descreveu. Todo ano Eunice participa todos os anos da Missa de Imposição das Cinzas. "E hoje é um dia especial porque eu trouxe minha mãe, ela tem 80 anos", destacou.

A professora Melry Aguiar, 52 anos, também assistiu à missa. “Essa celebração significa a vida, significa a reconexão com Deus, significa a minha finitude como ser humano e a minha conversão com o Evangelho”, disse. “É um momento de muita emoção. Estou aqui com meu filho, minha nora. É muito especial estar aqui nesse momento”, afirmou.

 

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