Ministérios anunciam investimentos de quase 700 milhões no Pará com Caravana Brasil sem Fome
O governador Helder Barbalho destaca que o programa é transversal e busca desenvolver segmentos e setores das atividades econômicas
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome anunciou, na tarde desta quinta-feira (18), o repasse de quase R$ 700 milhões ao Pará por meio do Programa Brasil sem Fome, sendo que desse montante R$ 165 milhões serão destinados para o Arquipélago do Marajó. Os recursos vão viabilizar os programas e ações da Caravana Brasil Sem Fome.
O Pará é o segundo estado a receber a Caravana, que anteriormente passou por Alagoas. A mobilização dos entes federados, da sociedade civil e do setor privado em torno do Plano Brasil Sem Fome é um dos eixos da estratégia. O evento foi realizado no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
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A Amazônia está entre as prioridades do governo federal no combate à fome. O ministro Wellington Dias destaca que as ações passam por diferentes etapas, já que o plano inclui investimentos nas áreas da educação, cultura, saúde e assistência social. "Nós vamos seguir diferentes etapas e a ideia é colocar mais recursos a cada ano. Por exemplo, na moradia vamos investir nas pessoas que estão inseridas no Cadastro Único (CadÚnico), no Bolsa Família, para as pessoas que moram no campo. Vamos garantir vários programas para interromper o histórico de pobreza", destacou o ministro.
A abertura da Caravana Brasil Sem Fome também contou com a presença do titular da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; do governador do Pará, Helder Barbalho, além de secretários e gestores locais.
Segundo o ministro Márcio Macedo, quando o presidente Lula assumiu o governo federal, o país estava com 33 milhões de brasileiros em situação de fome. “No primeiro ano já conseguimos reduzir em 40% esse número. A ideia é reduzir ainda mais”, destacou.
O governador Helder Barbalho destacou a importância da sensibilidade do gestor público e ressaltou que cuidar das pessoas é algo de extrema importância. “E é isto a síntese quando se aposta no combate à fome, para fazer com que os mais vulneráveis possam ser vistos, possam ser escolhidos, possam ser enxergados”, afirmou o governador.
O governador destacou, ainda, que o programa é transversal e busca desenvolver segmentos e setores das atividades econômicas. “O programa faz com que não fiquemos apenas na lógica da assistência e que a sociedade possa desenvolver, a partir das oportunidades, o sustento e as garantias da segurança alimentar e da segurança social”, acrescentou.
O Plano Brasil Sem Fome integra 80 ações e programas dos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). Uma novidade do programa é o protocolo de encaminhamento ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de pessoas em situação de fome que chegam em busca de atendimento no Sistema único de Saúde (SUS).
O Plano também dá destaque para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que absorve a produção gerada na agricultura familiar e distribui para pessoas em insegurança alimentar, para a rede socioassistencial, de saúde e de educação, entre outros equipamentos públicos.
Até o próximo sábado (20), em uma ação articulada pelo Governo Federal, em parceria com Governo do Pará e municípios, serão anunciados investimentos em diversas áreas, mobilizando gestores e sociedade em torno das metas do Plano Brasil Sem Fome e visitando territórios em situação de vulnerabilidade para atender demandas locais. Nesta sexta-feira (19), a comitiva vai para a Ilha do Marajó participar de eventos e de agendas que vão desde reuniões com a sociedade civil, atendimentos diversos, tira-dúvidas para gestores e técnicos, cerimônias e assinaturas de parcerias, além de visitas a territórios quilombolas.
Investimentos
O MDS vai investir R$ 104 milhões no Programa Cisternas, com financiamento do Fundo Amazônia. Por meio do Programa Fomento Rural, serão repassados R$ 9,2 milhões para o estado do Pará. Também foi divulgado o edital “Amazônia na Escola: comida saudável e sustentável”. A iniciativa vai selecionar propostas que visam fortalecer a oferta de alimentação escolar de base sustentável na rede pública de ensino em quatro municípios do oeste e oito do leste paraense. Os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a iniciativa somam R$ 72 milhões.
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