Ministério da Saúde amplia vacinação contra meningite para crianças menores de 11 anos
No Pará, até agosto deste ano, a Sespa registrou 129 casos de meningite e 11 óbitos em decorrência da doença
O Ministério da Saúde (MS) ampliou a vacinação contra meningite até dezembro de 2021, para crianças menores de 11 anos que precisam tomar o reforço da vacina ou que estão com a dose em atraso. No Pará, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), em 2020, foram registrados 258 casos de meningite e 48 óbitos pela doença. Já em 2021, até agosto, foram 129 casos e 11 óbitos.
Sobre a cobertura vacinal no Pará, a Sespa informa que em 2020 foram vacinados contra meningite 85.177 crianças de zero a um ano, correspondendo a 61,42% do público-alvo. A vacina pentavalente - proteção da meningite causada pelo haemophilus b - foi aplicada em 77.028 crianças, ou seja, 55,54% do público-alvo. Neste ano, até o mês de agosto, foram aplicadas 44.555 vacinas Meningocócica C (42,94% do público-alvo) e foram realizadas 43.207 imunizações pela Pentavalente (41,64% do público-alvo).
A médica infectologista, Deborah Crespo explica que a meningite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da membrana que envolve o cérebro e medula espinhal. "É uma doença transmissível que tem como agentes de infecção diferentes microrganismos como: vírus, bactérias, fungos. Sendo a por bactérias a mais grave, podendo levar ao óbito de forma muito rápida. Especialmente crianças e pessoas imunossuprimidas", alerta.
Jhessica Magalhães é advogada e mãe da Ava Magalhães Brito, de 7 meses. Para ela, a vacina é "uma forma eficiente e segura de prevenir doenças sérias. No caso das meningites, podem deixar sequelas e até matar. Estou atenta, minha filha já tomou a primeira dose, mas precisou atrasar a segunda dose por motivos médicos. Mas sigo as orientações médicas, como por exemplo, evitar ambientes aglomerados e fechados com a minha filha, não dividir elevador, etc", conclui.
Débora Crespo informa: "crianças menores de 5 anos, com comorbidades, idosos, imunossuprimidos seja por transplantes, vírus HIV ou doenças crônicas, que deixam o organismo mais debilitado fazem com que a doença tenha um risco maior de morbo-mortalidade", observa.
A infectologista ainda ressalta que "...todo indivíduo não vacinado é vulnerável, entretanto, o grupo que pontuei são listados como prioridade para Imunização. O Ideal seria podermos lutar para que este grupo todo tenha assegurado a manutenção desta cobertura vacinal. Seria um grande passo para proteção de nossa população, evitando uma doença grave que acomete de forma endêmica nosso país há tantos anos.
Sobre a vacinação no Estado do Pará, a Sespa reforça que "...a vacina está disponível nos postos de saúde e que os pais devem manter atualizado o calendário vacinal, inclusive com as doses de reforço".
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