Marabá: Crateras ameaçam motoristas nas rodovias federais
Margens das rodovias BR-230 e BR-155 estão erodindo e os riscos para quem trafega pelas estradas é iminente
As medidas paliativas dadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) aos problemas nas rodovias federais que cortam Marabá, no sudeste do estado, estão deixando condutores preocupados. Isso porque as providências que deveriam ser provisórias já estão há meses expondo a população a insegurança.
A rodovia BR-230, a Transamazônica, é uma das principais vias de entrada ou saída da cidade e também uma importante ligação da região com outros estados. Por conta de uma erosão, parte do asfalto no perímetro do bairro Quilômetro 6, próximo ao viaduto sobre a Estrada de Ferro Carajás, já está comprometido. Embora haja sinalização, ainda não houve solução para o problema. Agora, faixa branca que indica o limite da pista já acompanha o trecho onde a pavimentação afundou e o intenso tráfego de veículos leves ou pesados a qualquer hora do dia agrava ainda mais a sensação de insegurança de quem precisa passar pelo trecho.
“Esse desvio é muito perigoso e não é recente. Já foram feitas diversas outras manutenções e, ao que parece, não foi um serviço bem executado. Ao longo desses seis últimos quilômetros, são várias emendas e muitas delas malfeitas”, conta o assistente social, David Simões.
“Esse último é ainda mais complicado, porque se alguém que não é da cidade, não conhece a estrada, passa por aqui, é perigoso cair aí. É impossível dois carros passarem, principalmente, se forem dois veículos pesados. Um tem que parar para que o outro possa passar”.
Esse perímetro da Transamazônica também é trajeto obrigatório para milhares de alunos de dois grandes campi universitários que funcionam mais a diante. Esse também é o caminho de moradores de condomínios e loteamentos residenciais que existem a menos de 5 quilômetros de distância o que contribui para a lentidão, sobretudo nos horários de pico. “O fluxo aqui pela manhã é mais intenso e no final da tarde também, quando as pessoas estão voltando do trabalho. Aí os veículos precisam reduzir a velocidade, o trânsito fica mais lento por conta desse desvio perigoso. Já passou da hora de corrigir”, conclui Simões.
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Problemas parecidos são observados também na rodovia BR-155, sentido Eldorado do Carajás. O trecho próximo ao posto fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa) é muito utilizado por veículos carregados de minério, além de implementos para as empresas em atividade no Distrito Industrial de Marabá.
“Eu passo por aqui todos os dias. Esses buracos estão aí há mais de um ano, estão só aumentando e ninguém toma uma providência. E tem os horários de maior fluxo, como o final da tarde. Quando os trabalhadores das empresas estão voltando para casa, esse é um trecho onde não dá para passar dois caminhões”, afirma o caminhoneiro Aleandro Rodrigues.
O motorista relata ainda que o intenso tráfego de veículos pesados contribui para a ocorrência de acidentes. “Às vezes, a gente precisa frear bruscamente. Se tiver um veículo mais pesado atrás, pode não conseguir parar e isso acabar em um acidente. E essa é a época da safra da soja e o trânsito aqui só tende a ficar mais pesado”, explica, se referindo à produção agrícola do centro-oeste do país.
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