Março Lilás: mitos e verdades sobre a vacina contra o HPV

Cinco questões frequentes e que geram dúvidas sobre a principal forma de prevenir o vírus

Redação Integrada de O Liberal, com informações do Grupo Extrafarma
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Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que uma das metas para as próximas décadas é eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública global. O tumor é considerado o terceiro mais frequente em mulheres e a quarta causa de morte do público feminino por câncer no Brasil.

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que a região Norte tem a maior incidência câncer uterino. E é a maior causa de morte por câncer entre as mulheres, superando o câncer de mama, que é o maior do país. A estimativa do Inca é de que haja 860 novos casos de câncer do colo uterino em 2019, no Pará.  

A principal forma de prevenir o câncer de colo do útero é a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV). O farmacêutico Adriano Ribeiro, do Grupo Extrafarma, esclarece os principais mitos e verdades sobre a vacina.

 

1. Apenas as mulheres devem tomar a vacina contra o HPV.

MITO – Apesar da vacina contra o HPV ter como principal foco mulheres, ela também é indicada para homens, pois protege contra os canceres de pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais.

 

2. A faixa etária ideal para receber a vacina é dos nove aos 13 anos.

VERDADE – A resposta imunológica à vacina é melhor quando aplicada até os 15 anos de idade, antes do início da vida sexual e exposição ao vírus. A aplicação acima dessa faixa etária não é contraindicada, mas é importante saber que pessoas que já tenham tido contato com o vírus apresentam uma produção de anticorpos 10 vezes inferior do que aquela verificada naqueles que não foram expostos ao HPV.  

 

3. Apenas uma dose da vacina é necessária.

MITO – Estudos confirmam que são necessárias duas doses, ministradas com um intervalo de seis meses entre elas, para que a vacina seja eficaz. Não há pesquisas que indiquem que apenas uma dose seja suficiente para garantir a proteção.

 

4. Grupos especiais, como pessoas com imunodeficiência causada pelo HIV, devem seguir orientações específicas. 

VERDADE – A vacina também é contraindicada em casos de hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer outra substância presente na vacina, histórico de Síndrome de Guillain Barré, sintomas que indicam hipersensibilidade grave após tomar uma dose da vacina e gravidez (se a mulher engravidar após ter recebido alguma dose da vacina, as doses restantes deverão ser tomadas depois do parto).

 

5. A vacina tem validade por toda a vida.

MITO – Pesquisas já apontaram que a imunidade contra os vírus presentes na vacina dura por pelo menos 10 anos, mas ainda não existem estudos que comprovem a duração por um tempo mais longo.

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