Inverno amazônico em Belém deve ir até maio, com pancadas de chuva e trovoadas em fevereiro e março

O inverno amazônico no Pará, período caracterizado pelas intensas chuvas, apresenta variações de início e término conforme a região. No norte, incluindo Belém e região metropolitana, as chuvas iniciaram em janeiro e têm previsão de término em maio. Já no sul do estado, o período chuvoso começou em outubro de 2024 e deve se estender até março, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

De acordo com a Semas, “as chuvas deste ano devem ocorrer dentro da normalidade ou ligeiramente acima da média climatológica”. Ainda assim, os recordes históricos de precipitação, como os 934 mm registrados em março de 2020 em Belém, não devem ser superados. Fatores típicos, como a Alta da Bolívia, Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis e a Zona de Convergência Intertropical, são os principais moduladores das chuvas, enquanto o fenômeno La Niña, que pode aumentar os volumes de precipitação, ainda não está configurado.

As chuvas mais intensas estão previstas para março, mês que historicamente apresenta os maiores volumes no estado. Durante este período, Belém e outras regiões, como o Marajó e o Nordeste paraense, devem registrar dias nublados e temperaturas mais amenas, com máximas variando entre 29°C e 31°C na porção norte e mínimas entre 22°C e 24°C. No sul do estado, as máximas variam de 28°C a 30°C, com mínimas de 19°C a 23°C.

Eventos extremos

Eventos extremos de chuva, com acumulados acima de 100 mm em 24 horas, são esperados de forma pontual ao longo do inverno amazônico. Entre os dias 15 e 20 de janeiro, a Semas destaca que as áreas mais afetadas devem ser o Nordeste do Pará, a Região Metropolitana de Belém, o Marajó e o norte do Sudeste paraense. Apesar disso, “as chuvas tendem a ocorrer em forma de pancadas, muitas vezes acompanhadas de trovoadas, principalmente no período da tarde”.

Desde o início do inverno amazônico em dezembro, Belém registrou um aumento de 35% no volume de chuvas em relação à média para o mês, que é de 283,5 mm. Apesar desse crescimento, os índices registrados até o momento reforçam a previsão de que os volumes totais deste ano devem permanecer dentro da normalidade.