Integrantes da 'Quadrilha do PIX' são presos no Ceará
Operação contou com a participação de policiais do Pará e do Ceará

Foi deflagrada na última sexta-feira (18), no Estado do Ceará, a operação Madoff, envolvendo A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria de Policiamento Metropolitana, unidade da 1ª Seccional Urbana da Sacramenta, e o Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM) do Estado nordestino. A ação cumpriu três mandados de prisão preventiva contra duas mulheres e um homem acusados da prática de golpes envolvendo transferências bancárias pelo PIX, método instantâneo de transferência de dinheiro implantado pelo Banco Central do Brasil.
O grupo foi indiciado pelos crimes de constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no Código Penal e obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Participaram da operação 20 policiais civis do Pará e Ceará.
As investigações foram iniciadas há cerca de três meses, quando várias pessoas procuraram a Seccional Urbana da Sacramenta para relatar que foram vítimas da “quadrilha do PIX”. Os criminosos aproveitavam a vulnerabilidade das redes sociais das vítimas, copiavam informações e as utilizavam contra seus próprios familiares. Eles usavam fotos, numerais do Estado do Pará e fingiam ser familiares das vítimas, realizando pedidos de transferências bancárias pelo PIX. Até o momento, o prejuízo calculado fica em torno de R$ 300 mil.
“O grupo criminoso residia na cidade de Horizonte, no Ceará, de onde aplicava golpes que lesaram moradores do Pará. Através do trabalho de investigação foi possível chegar aos acusados. A PC não tem medido esforços para coibir a prática de crimes dessa natureza no Pará”, explicou Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
O delegado Arthur Nobre, titular da Seccional da Sacramenta, em Belém, reforça a importância de que as vítimas registrem as ocorrências. “É salutar que as vítimas que sofrerem qualquer tipo de golpe procurem a delegacia mais próxima e registrem a ocorrência. É desta forma que vamos conseguir reunir elementos para avançar nas investigações”, pontuou.
Apesar da prisão de três integrantes da associação criminosa, as investigações vão continuar, já que outras pessoas também foram enganadas.
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