Ibama retira gado ilegal de terra indígena no Pará
No total, foram removidos 118 bovinos e 12 equinos da TI Ituna-Itatá, para impedir avanços sobre a área protegida
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou uma operação, na última sexta-feira (2), para retirada de rebanho bovino e equino da Terra Indígena (TI) Ituna-Itatá, na região sudoeste do Pará, entre os municípios de Altamira e José Porfírio.
No total, 118 bovinos e 12 equinos foram retirados da TI, porém a estimativa do Ibama é que ainda haja mais outras 700 cabeças de gado no território, reconhecido como uma das áreas mais desmatadas da Amazônia.
A operação do órgão ambiental iniciou em agosto do ano passado e já retirou 2.030 bovinos da terra indígena. A ação cumpre decisão judicial e tenta impedir avanços sobre a área protegida, retirando invasores e combatendo crimes ambientais. Segundo o Ibama, as ações de fiscalização frearam o desmatamento e a entrada de novos invasores.
A Terra Indígena Ituna-Itatá é uma área de conflito, que sofre ameaças na consolidação do seu processo de demarcação. Em maio deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), autorizou o uso da Força Nacional no local.
Gado
O gado retirado da TI será doado à Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Os recursos provenientes da doação serão utilizados para para criação de rebanhos permanentes destinados ao ensino e à pesquisa na fazenda experimental da instituição, que fica em Santarém, no oeste paraense.
A retirada dos bovinos e equinos teve o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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