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Fevereiro Roxo: veja dicas para garantir uma velhice saudável para seu pet

O "Fevereiro Roxo" alerta para a importância de cuidar da saúde de animais idosos, prevenindo doenças neurodegenerativas como a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC)

Jamille Marques | Especial em O Liberal

A chegada da idade avançada para cães e gatos traz a necessidade de um cuidado especial com a saúde, já que, assim como os seres humanos, os pets também enfrentam mudanças físicas e cognitivas ao longo dos anos. Além de doenças típicas de animais idosos, como artrite e problemas cardíacos, uma condição que merece atenção é a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), que afeta diretamente a capacidade mental dos pets, deixando-os desorientados e com dificuldades de adaptação ao ambiente. Com o objetivo de alertar sobre a importância de cuidar da saúde dos animais durante a velhice, o Fevereiro Roxo promove uma campanha de conscientização sobre doenças crônicas e degenerativas, tanto em humanos quanto em animais. Cuidar de um pet idoso exige não apenas amor, mas também conhecimento sobre as melhores práticas para garantir qualidade de vida para eles.

Sinais de envelhecimento nos pets: Como identificar as mudanças na saúde

Berline Mergulhão, veterinária de 26 anos e tutora da yorkshire Pérola, de 11 anos, compartilha sua experiência de cuidados com a saúde de sua pet idosa. “Com o avanço da idade, os cuidados com a Pérola se tornam mais específicos. Como ela tem predisposição a doenças como a pancreatite, precisamos dar uma ração especial para ela e manter o acompanhamento médico com mais frequência”, explica Berline. Além disso, Pérola tem um problema no disco intervertebral, o que exige fisioterapia bimensal para ajudar a aliviar as dores e manter a mobilidade.

Berline também relata como pequenas adaptações no ambiente ajudam a Pérola a se sentir mais confortável, como cortar os pelos das patinhas para evitar que ela derrape. “É importante que a gente esteja atento a essas mudanças, principalmente porque a artrose é muito comum em cães idosos. Evitar o sobrepeso também é essencial para não sobrecarregar as articulações”, complementa. Para Berline, a rotina com Pérola é tranquila, mas exige cuidados constantes, como passeios controlados e monitoramento do comportamento da cachorrinha, que tem uma personalidade mais brava.

image Beline Mergulhão, e sua cachorrinha Perolá, de 11 anos. (Foto: Igor Mota | O Liberal)

Doenças comuns em pets idosos: Quais cuidados preventivos tomar

O veterinário Jurupytan Viana, destaca que alguns problemas de saúde se tornam mais frequentes à medida que os pets envelhecem, como doenças cardíacas, renais crônicas, diabetes e artrite. “O mais importante é garantir uma alimentação balanceada, com uma ração específica para a idade do animal, para que ele possa repor os nutrientes que já não consegue absorver tão bem”, aconselha. Ele também salienta que a atividade física deve ser moderada, com caminhadas leves e brincadeiras, a fim de manter a mobilidade e evitar sobrecarga nas articulações.

Além disso, o acompanhamento veterinário é essencial. “É recomendado que os pets idosos façam check-ups semestrais ou anuais para monitorar possíveis mudanças no quadro de saúde. Quanto mais cedo forem identificadas as condições, mais eficazes serão as intervenções”, explica o veterinário. O ambiente também deve ser adaptado para garantir segurança e conforto, com camas macias e cuidados com os dentes e pelagem do pet. “A higiene oral é muito importante para evitar problemas dentários, que são comuns em animais mais velhos”, afirma Viana.

A Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC) e sua relação com a velhice

Uma das doenças que pode afetar os pets idosos é a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), que é equivalente ao Alzheimer nos humanos. A SDC afeta o cérebro dos animais, causando perda de memória, desorientação e alterações no comportamento. Animais com essa síndrome podem começar a apresentar sinais de confusão, como andar em círculos, urinar fora do lugar e dormir mais durante o dia. Esses sintomas podem ser progressivos e impactar diretamente a qualidade de vida do pet, exigindo acompanhamento veterinário para manejo da doença.

“É importante que os tutores fiquem atentos a mudanças no comportamento dos seus animais, como falta de apetite, perda de peso repentina, dificuldade de andar ou alteração no padrão de sono. Esses sinais são indicativos de que algo não está bem e exigem a avaliação de um profissional”, alerta Jurupytan. O diagnóstico precoce da SDC é fundamental para minimizar os efeitos da doença e garantir que o pet tenha o máximo de qualidade de vida possível durante a velhice.

Prevenção e qualidade de vida: A chave para o envelhecimento saudável dos pets

Com o aumento da longevidade dos pets, a preocupação com a qualidade de vida dos animais idosos se torna cada vez mais relevante. O acompanhamento veterinário regular, a alimentação balanceada, a atividade física adequada e o ambiente seguro são as chaves para garantir que os pets vivam bem e com conforto. A conscientização promovida pelo Fevereiro Roxo reforça a importância desses cuidados, não só para prevenir doenças crônicas e degenerativas, mas também para proporcionar uma vida digna e feliz para os cães e gatos em envelhecimento.

É essencial que os tutores de pets idosos se envolvam no processo de cuidados e se atualizem sobre as necessidades específicas dos seus animais. Como bem disse Berline: “O amor pelo animal se reflete nos cuidados que damos a ele, especialmente quando ele envelhece. É nossa responsabilidade proporcionar o melhor para ele, em todas as fases da vida”. Assim, os tutores contribuem para o bem-estar de seus animais, garantindo que envelheçam de forma saudável e feliz.

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