Dia do papiloscopista: conheça a profissão que é fundamental na solução de crimes

No Pará, Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) realiza o trabalho por meio do Núcleo de Identificação (NID)

Thaís Neves | Especial para O Liberal

Você sabia que para resolução de uma cena de crime, seja de furto, roubo, sequestro, homicídio entre outros, é necessário o trabalho de um papiloscopista? O papiloscopista é o profissional que realiza atividades e perícias relacionadas à identificação humana, seja na área cível ou criminal. A partir do decreto n° 4764, foi criado o dia do papiloscopista, comemorado nesta segunda-feira (05). No Pará, a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) realiza um trabalho de suma importância para a sociedade, através do Núcleo de Identificação (NID).

VEJA MAIS: 

image Polícia Federal desmantela grupo que movimentou R$ 10 milhões com venda de dados de autoridades
Operação mira crimes de invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e organização criminosa

image PF investiga empresa que fraudava documentos para aposentadoria no Pará
A operação foi realizada na manhã desta quinta-feira (01)

image PF identifica 'núcleo político' e apreende computador com ex-assessor do deputado Alexandre Ramagem
De acordo com as investigações, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria vinculado a esse núcleo

Segundo o policial federal e chefe do Núcleo de Identificação da PF no Pará, Luiz Augusto Carvalho, a função do papiloscopista é realizar uma revelação e um levantamento de vestígios e impressões digitais palmares ou plantares, a partir do uso de reagentes e/ou equipamentos de última geração para encontrar tais evidências.

“A função do papiloscopista é identificar as pessoas, é dizer que somente ela é diferente das demais, isso se faz principalmente a partir das impressões digitais de diversas formas que podem se apresentar para gente. Seja em uma cena de crime, em que somos acionados para fazer levantamento, revelação e descobrir onde está aquela impressão digital, de acordo com a dinâmica do crime. A gente aplica reveladores específicos ou usa equipamentos, para achar essas impressões digitais. Nós registramos por imagens ou levantamento físico e jogamos no sistema de banco de dados nacional, onde possuem as biometrias criminais ou civis”, explica Luiz Augusto.

image Luiz Augusto Carvalho | Policial Federal e chefe do Núcleo de Identificação da PF no Pará (Foto: Igor Mota | O Liberal)

Ainda segundo ele, partir disso, é feito o confronto e a comparação, para dizer de quem é a autoria daquela impressão digital. “Nós fazemos um laudo para que dentro do inquérito policial, a gente possa auxiliar nas investigações e ainda consequentemente no processo criminal junto ao Ministério Público para desvendar o caso. O que a gente faz é uma perícia papiloscópica, existem várias perícias na criminalística e a gente atua com a perícia de impressões digitais, que vai ajudar a determinar de quem é aquela impressão digital que estava no caso, que nem sempre é do criminoso, pode ser de alguma pessoa que passou por lá, vai depender das outras investigações que ocorrerem”, diz.

Além de impressões digitais, o papiloscopista também tem um trabalho muito importante, como a perícia necropapiloscópica, que consiste em identificar um corpo desconhecido. “Muitas vezes, a morte pode ser decorrente de crime ou não, pode ser uma pessoa em situação de rua que faleceu, ou vítimas de grandes desastres, por exemplo, a queda de um avião. Existem muitas vítimas que a família não consegue reconhecer, aí é feito no cadáver a coleta de necropapisloscopia. É uma ação que ajuda a família a ter o corpo e ter a dignidade de poder enterrar o seu familiar”, conta o policial.

Papiloscopista é diferente de perito criminal

De acordo com o responsável pelo NID da Polícia Federal, os papiloscopistas não são peritos criminais. “Os peritos são responsáveis pelo local do crime pela caracterização da dinâmica, por exemplo, como aconteceu o crime, por onde entrou, por onde saiu, e também pela identificação de DNA. Eles são responsáveis por toda a parte do local e da caracterização do local do crime. O papiloscopista vai para a cena de crime junto com o perito, para fazer a localização do vestígio da impressão digital e também realizar a confecção do retrato falado”, explica Luiz Augusto.

image NID da PF (Foto: Igor Mota | O Liberal)

No que tange a comparação facial e representação facial humana, as atribuições dos papiloscopistas percorrem uma série de atividades, desde a confecção dos retratos falados de criminosos, projeção de disfarces, de envelhecimento, assim como a elaboração de documentos técnicos para leitura facial humana.

A comparação facial humana é uma atividade em que a partir da observação, análise e cotejo de semelhanças e diferenças entre duas imagens de faces, o expert em identificação humana irá apontar a partir de um laudo as similaridades ou divergências. A partir desse laudo técnico, é tomada as decisões nas investigações.

O dia do papiloscopista foi definido no dia 5 de fevereiro, pois nesse dia, em 1903, ocorreu o reconhecimento oficial da especialidade no Brasil. Trazida então pelo escritor, jornalista, político e advogado Felix Pacheco, fundador e primeiro Diretor do Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal-Rio de Janeiro, hoje Instituto de Identificação Félix Pacheco em sua homenagem.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ