Dia da Malária nas Américas: data reforça conscientização sobre a doença
Governo do Pará quer debater sobre a doença, incluindo forma de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, recomendação e combate à malária
Conscientizar a sociedade quanto ao combate da malária, que é uma doença infecciosa, é o principal objetivo do Dia da Malária nas Américas, celebrado neste domingo (6). Causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, a malária tem cura, mas pode evoluir para formas mais graves quando não diagnosticada e tratada de forma adequada. Apenas no ano passado, foram registrados 137,8 mil casos no país, sendo 99,9% na região amazônica, com 33 municípios concentrando 80% do total de casos autóctones, quando a infecção é adquirida dentro do Brasil.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou à reportagem, o Pará teve, de janeiro a outubro deste ano, 15.745 casos confirmados de malária, o que representa uma redução de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. As cidades com maior incidência são Jacareacanga (3.868), Itaituba (2.511) e Anajás (3.264).
"Como medida de apoio às ações dos municípios, a Sespa realiza ações de capacitação com profissionais da saúde e diaponibiliza recursos humanos, insumos, medicamentos antimaláricos, combustíveis, inseticidas, além da doação ou equipamentos e transportes, para continuidade das ações de controle da malária, além de distribuição e a instalação de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração", ressalta o órgão.
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Além disso, a Sespa, por meio da Coordenação Estadual de Controle da Malária, reforça a importância da conscientização, prevenção e tratamento da doença. A equipe pretende debater assuntos relacionados à infecção dentro do tema “Elimina Malária Brasil”, como sua forma de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, recomendação, além do combate à malária.
Segundo a coordenadora estadual de controle da malária, Paola Vieira, uma das principais medidas adotadas pelo Estado no combate à doença são os cursos de capacitação dos profissionais da saúde das secretarias municipais, momento em que são apresentadas noções básicas sobre malária, teste rápido, notificação, tratamento da doença e distribuição de materiais para os centros regionais. “As capacitações são uma forma de manter o profissional atualizado e dar a oportunidade para que o paciente tenha um melhor atendimento, além de contribuir para que se tenha um diagnóstico mais rápido”.
O Ministério da Saúde também tem um plano de combate à doença, cujo objetivo é zerar os casos até 2035 - Plano de Eliminação da Malária no Brasil. Em 2025, o número de casos deve estar em 68 mil, de acordo com essa estimativa; e em 2030, menos de 14 mil casos e zero óbitos. Já a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é reduzir os casos da doença no planeta em 90% até 2030, eliminando em 35 países e evitando a reintrodução nos países que já se consideram livres de transmissão.
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Doença
A malária é diagnosticada por meio de um exame de sangue. Alguns dos sintomas mais comuns da doença são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Em outros casos o paciente pode manifestar náuseas, vômitos, cansaço e até falta de apetite. Em áreas onde os riscos são maiores, a população pode adotar cuidados básicos como usar mosquiteiros, repelentes, roupas que protejam braços e pernas, e também colocar telas em portas e janelas. O tratamento é gratuito, sendo inicialmente feito pela Unidade Básica de Saúde (UBS), e geralmente é feito por meio do uso de antiparasitários.
Sintomas
- Calafrios
- Febre
- Sudorese
- Fadiga
- Mal-estar
- Suor noturno
- Tontura
- Dor de cabeça
- Falta de ar
- Palidez e pele e olhos amarelados
- Diarreia, náusea e vômito
Palavras-chave
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