Balanço do IBGE mostra queda de paraenses que se protegem no isolamento contra o coronavírus
Quantidade de pessoas que não fez restrições a contato social aumentou de 568 mil, em agosto de 2020, para 886 mil em setembro
No Pará, a quantidade de pessoas que não fez restrições quanto ao contato social aumentou de 568 mil, em agosto de 2020, para 886 mil em setembro (10,2% da população do Estado). É o que apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em boletim mensal da PNAD Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (23). Os dados são referentes à coleta realizada durante todo o mês de setembro pelo IBGE entre pessoas no território paraense pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
O estudo do IBGE aponta ainda que a região Norte foi a de maior percentual de pessoas que não fizeram restrições de isolamento contra os riscos de contágio pelo coronavírus em setembro: 6,6%.
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Menos paraenses ficam em casa
O grupo mais numeroso registrado pela pesquisa foi o de pessoas que reduziram o contato social, mas continuaram saindo de casa: foram 3,35 milhões (eram 2,87 milhões em agosto), o que representa 38,7% dos residentes no Pará.
Segundo diz o estudo PNAD Covid-19, caiu o número de pessoas que saíram de casa só por necessidade básica: de 3,64 milhões em agosto, para 3,15 milhões em setembro (ou 36,4% da população).
Só 13,9% da população ficou rigorosamente isolada em setembro (eram 1,47 milhão em agosto, passando para 1,21 milhão em setembro).
Acesso a produtos de higiene
Quanto à presença de itens básicos de limpeza, o IBGE estimou que 2,37 milhões de pessoas (99,7%) nos domicílios no Pará tiveram acesso a sabão e detergente, enquanto 2,28 milhões (95,7%) tiveram acesso a álcool em gel 70%, e um total de 2,37 milhões (99,3%) tinham máscaras.
O IBGE aferiu ainda que 742 mil paraenses (31,1%) tinham luvas, enquanto 2,35 milhões (98,5%) tiveram acesso a água sanitária ou desinfetante.
Pesquisa acabará em dezembro
A pesquisa PNAD Covid-19 iniciou em maio. Em parceria com o Ministério da Saúde, o IBGE entrou em campo (por telefone e em caráter experimental) com o objetivo era monitorar os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro e na renda total da população, bem com levantar dados sobre ocorrência de sintomas, medidas adotadas e testagens.
Entre dados relevantes estão as informações sobre trabalho remoto (“home office”) e o papel do auxílio emergencial na renda domiciliar. Agora, quando a pesquisa completa seis meses, o IBGE resolveu encerrar a coleta no dia 11 de dezembro próximo.
O primeiro motivo para o encerramento da coleta é o próprio caráter temporário da pesquisa. O segundo visa reduzir a sobrecarga dos informantes, pois se trata de uma pesquisa feita a partir de um painel fixo de domicílios, ou seja, os mesmos informantes são procurados todos os meses para responder, o que gera desgaste.
Com o fim da coleta em dezembro, o IBGE pretende divulgar ainda mais dois resultados mensais referentes aos meses de outubro e novembro.
Os dados completos da pesquisa PNAD Covid-19, com relatórios semanais e mensais, estão disponíveis no site do IBGE (com informações do IBGE no Pará).
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