Ações de assistência chegam a 150 famílias ribeirinhas isoladas pelas cheias em Marabá
Com o uso de uma lancha, as equipes retirar 840 pessoas de áreas isoladas
Uma grande ação foi realizada, nesta terça-feira (18), para atender as famílias ribeirinhas que estão isoladas devido às enchentes em Marabá, no sudeste paraense. O trabalho contou com o apoio de nove embarcações do Exército Brasileiro e 20 militares, dois militares da Marinha e uma lancha, além de agentes do Departamento Municipal de Segurança Patrimonial (DMSP). As informações são da Prefeitura de Marabá.
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Técnicos da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) e da Defesa Civil Municipal organizaram a ação de levantamento do número de famílias e o cadastramento para recebimento dos benefícios para as famílias. A ação da Defesa Civil e Seaspac contou com o apoio do Exército, DMSP e homens da Marinha.
Com o uso de uma lancha, a equipe conseguiu retirar 840 pessoas de áreas isoladas. Os militares da Marinha permanecem no município até esta quinta-feira (20). “Nesse momento realizamos a entrega de cestas básicas para as famílias já cadastradas e fizemos a atualização e novos cadastros para também serem atendidos com o recebimento de cesta básica. De acordo com o levantamento das famílias mais cestas serão enviadas para as comunidades”, informou o diretor técnico da Seaspac, Luiz Silva.
Nas embarcações do Exército foram transportadas 150 cestas básicas de alimentos para as comunidades de Carrapato, onde estão 120 famílias, e Boa Esperança, com 80 famílias. As comunidades ficam distante aproximadamente 20 minutos da orla de Marabá e em direção a Itupiranga. A agricultora Rosimar Feliciano da Cruz, 66, mora há 10 anos na comunidade do Carrapato e disse que a cesta de alimentos chegou em boa hora. “Para as pessoas que estão aqui precisando da cesta veio em boa hora, até porque nós não gostamos de morar na cidade e essa ajuda é de grande valia para nós”, disse.
A dona de casa Neusa Alves, 61 anos, disse que, neste momento, toda ajuda é bem-vinda. “Essa ajuda veio em boa hora para todos nós porque aqui tem muita água e muitas famílias perderam tudo. Toda plantação está debaixo d’água, hortaliças, melancia, tudo que você imaginar está alagada”, lamentou. Presidente da Associação dos Pequenos Produtores da comunidade do Carrapato, Aldemir Pereira de Sousa, o "Maranhão", também falou sobre essa ação. “Estamos aqui muito felizes, pois hoje nossa comunidade está recebendo uma grande ajuda. Muitas das famílias são agricultores e pescadores, e as propriedades deles estão alagadas e a pesca está proibida. Então só nos resta sermos vistos pelo poder público”, afirmou.
Vizinha da comunidade do Carrapato, está a comunidade Boa Esperança, onde moram cerca de 80 famílias. Parte dessas famílias realizou o cadastramento para o recebimento dos benefícios. “Muito boa essa ajuda porque estamos numa situação difícil devido à enchente. Nós sabemos que todos os anos vem a enchente, mas não desse tamanho, e deixou todos nós perdidos com nossa lavoura debaixo d’água”, disse o presidente da Associação do Ribeirinhos da Comunidade de Boa Esperança, Gilvan Gomes da Silva.
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