Igreja higieniza carros em troca de alimentos para comunidades carentes de Belém
A ação 'Sanitização Solidária' atende demandas de limpeza de veículos que têm permissão para circular no lockdown
Em tempos onde todo o Brasil vive a 2ª onda da pandemia da covid-19, batendo recordes de casos diários de infecções pelo vírus e saturando o sistema de saúde, ações como a da Igreja Batista Angelim, na capital paraense, trazem um pouco de esperança para as pessoas.
A congregação que, em épocas mais flexíveis da pandemia, leva mensagens de esperança a pacientes e profissionais da saúde de hospitais belenenses, agora, higieniza carros em troca alimentos, que serão destinados a comunidades em condição de vulnerabilidade, principalmente durante o período de lockdown.
Ações de assistência social e de atendimento à população em estado de vulnerabilidade, realizadas por templos religiosos, são consideras essenciais pelo decreto estadual. A iniciativa "Sanitização Solidária" busca atender demandas de limpeza de ambulâncias, viaturas, funerárias, motoristas de aplicativos e outros veículos que têm permissão para circular por desenvolver atividade essencial.
"A igreja colabora com as restrições governamentais e entende que precisa ser relevante à sociedade nesse período de tanta dor e perda. Por isso, nessa semana de lockdown, decidimos realizar essa ação de sanitização, higienizando gratuitamente os carros credenciados a circularem nesse período, beneficiando as comunidades mais pobres", conta o pastor Marcelo Carvalho, da Igreja Batista Angelim.
Para participar da ação, o veículo que desenvolva atividade essencial deve se deslocar até a sede do templo, localizada na Avenida Rômula Maiorana, nº 2043, no bairro do Marco, de segunda a sexta-feira, de 9h às 12h e de 14h às 16h. O processo dura, em média, dez minutos e não precisa agendar horário previamente.
Carlos Guedes é taxista e utilizou o serviço. "É um serviço único que eu estou vendo em Belém, fundamental uma vez que nós, taxistas, trabalhamos conduzindo médicos e pessoas que declaram, e outras que não declaram, que estão com covid-19. É para o bem daqueles que usam o serviço do taxi e, também, de nós que conduzimos, estamos vindo aqui e agradecendo pela iniciativa”, destacou.
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