Cachorro vira-lata faz sucesso ao ajudar em investigações criminais

O cãozinho Maní foi adotado e treinado para farejar sangue em cenas de crimes

Hannah Franco
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Um cachorro vira-lata virou destaque no trabalho de perícia da Polícia Científica de São José dos Campos, no Interior de São Paulo. O cãozinho se chama Manioca, carinhosamente apelidado de Maní, e é reconhecido pelo olfato apurado na hora de detectar sangue nas cenas de crimes.

Maní, de 4 anos, é o único vira-lata do Brasil que trabalha com a perícia policial na procura por vestígios nas investigações de homicídios. Ele é capaz de farejar sangue mesmo após o local ter sido lavado.

O cãozinho foi adotado pelo perito criminal João Henrique, que atua em São José dos Campos. "A gente adotou ele de um local de crime que fizemos. A gente já tinha ideia de um projeto incubado e acabamos selecionando ele para entrar nesse programa. Fizemos o treinamento dele para detecção de sangue e tudo começou a andar muito rápido por causa do resultado que ele acabou dando para as investigações", disse o perito criminal em entrevista para a TV Vanguarda.

Maní é um sucesso e já participou de quase 30 investigações no Vale do Paraíba e região, em todas ele encontrou elementos. Ele já faz parte da equipe e otimiza o trabalho, auxiliando na continuação da análise do crime, além de trazer economicidade de recursos.

image O perito criminal João Henrique adotou e treinou Maní por um ano e meio. (Foto: Claudio Vieira/PMSJC)

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João trabalha bastante com Maní, mas ainda é incomum trabalhar com o vira-lata e contou uma história inusitada que aconteceu durante um treinamento.

“Eu estava enterrando a amostra de sangue e nisso a Guarda Civil parou atrás de mim, achou a atitude suspeita, por isso acabou me abordando e questionando o que eu estava fazendo. Eu expliquei que estava escondendo sangue para treinar um cão, que trabalhava na polícia técnica, eles não acreditaram muito. Eu falei que ia chamar o cão para eles verem. Então eu assoviei, o Maní veio e chegou um vira-lata e, eles estavam esperando um cão de grande porte ou pastor Belga, pastor alemão. Eles realmente não acreditaram na história, precisei dar explicações maiores depois na delegacia, me apresentar e tudo mais”, contou João.

Apesar de ser um trabalho duro, o perito diz que é o amor e carinho que sentem um pelo outro que faz esse trabalho dar certo.

(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão do editor web em Oliberal.com, Felipe Saraiva)

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