Vulcão expele mais de 30 mil reais em minérios, na Antártica; entenda
Monte Erebus é um dos 138 vulcões ativos da Antártica e entre os minerais, o ouro é o mais desejado
Um vulcão na Antártica, o Monte Erebus, faz uma pequena fortuna em dejetos por dia, segundo um relatório do New York Post. De acordo com especialistas, um dos 138 vulcões ativos da Antártida, emite bolsões de gás contendo aproximadamente 80 gramas de ouro cristalizado por dia, avaliados em quase $6.000 (cerca de R$ 31 mil).
Dados do Earth Observatory da National Aeronautics and Space Administration (NASA), a poeira de ouro é apenas uma das muitas coisas que estão sendo expelidas do Erebus. As partículas douradas já foram detectadas por pesquisadores no ar em locais a 999 km de distância do vulcão, que tem 3,79 km de altura.
"O vulcão fica acima de uma fina fatia de crosta, então a rocha derretida sobe mais facilmente do interior da Terra. Ele emite regularmente plumas de gás e vapor e, ocasionalmente, lança rochas (bombas) em erupções estrombolianas. Pelo menos um lago de lava tem borbulhado dentro de sua caldeira desde 1972. O Monte Erebus é considerado o vulcão ativo mais ao sul do mundo", diz a NASA.
Conor Bacon, do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia em Nova York, disse à revista Live Science está em erupção contínua desde 1972. O vulcão também é famoso por seu "lago de lava" em uma das crateras do seu cume, "onde material derretido está presente na superfície". "Estes são, na verdade, bastante raros, pois requerem condições muito específicas para garantir que a superfície nunca congele", disse ele.
O que as pesquisas estão dizendo?
A pesquisa sobre o vulcão enfrenta o desafio do isolamento geográfico. Em contrapartida, a Área Especialmente Gerida da Antártida da Ilha Decepção, que monitora a atividade vulcânica na ilha, afirma que a Ilha Decepção é a caldeira de um vulcão ativo que entrou em erupção pela última vez em 1970.
O Sr. Bacon disse que tanto o Monte Erebus quanto a Ilha Decepção sozinhos têm apenas "um pequeno número de instrumentos de monitoramento permanentes". Essas redes consistem principalmente em sismômetros para detectar atividade sísmica associada a instabilidade vulcânica. De tempos em tempos, os pesquisadores implantaram redes mais extensas de instrumentos para conduzir estudos específicos, mas isso naturalmente apresenta um enorme número de desafios logísticos quando comparado aos muitos vulcões, muito mais acessíveis, em outras partes do mundo.
(*Pedro Ribeiro, estagiário de jornalismo, sob supervisão da editora web de oliberal.com Rayanne Bulhões)
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