Vírus da varíola dos macacos se mantém em superfícies por mais de 20 dias, aponta estudo
Pesquisa sugere que pessoas curadas da doença devem se preocupar com a desinfecção da casa
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou um estudo que mostrou que o vírus da varíola dos macacos pode permanecer vivo em superfícies por até 20 dias após o contato com os infectados. Com informações do R7.
A descoberta foi feita após uma análise de uma casa em Utah, estado no oeste dos EUA, onde moravam dois pacientes diagnosticados com a doença. Foram analisadas amostras de 30 itens da residência e 70% delas apontaram a presença do vírus ativo.
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A contaminação foi confirmada no vaso sanitário, interruptor de luz, alça de pia, corrimão e mouse de computador. Já entre os objetos porosos, o patógeno foi encontrado em coisas como sofá, cobertor, espreguiçadeira e cadeira de escritório. A pesquisa feita no controle remoto da TV, na maçaneta da porta do banheiro e no termostato apresentou resultados inconclusivos.
Segundo o responsável pela pesquisa, Jack Pfeiffer, do Serviço de Inteligência e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Utah, não há evidências de que os vírus encontrados sejam transmissores da monkeypox, mas existe a possibilidade.
"A incapacidade de detectar vírus viáveis sugere que a viabilidade do vírus pode ter decaído ao longo do tempo ou por inativação química ou ambiental. É preciso avaliar a presença e o grau de contaminação da superfície e investigar o potencial de transmissão indireta do vírus da varíola do macaco em ambientes domésticos", afirmou Pfeiffer.
O CDC divulgou recomendações para a desinfecção das casas dos pacientes contaminados e pediu atenção aos visitantes após o período de isolamento. Durante o período de isolamento, o órgão sugere que as pessoas limpem e desinfetem os espaços que ocupam regularmente para limitar a contaminação doméstica.
Após o isolamento, a ordem de higienização indicada é:
- Contenção geral de resíduos: recolher e guardar em um saco selado quaisquer resíduos sujos, como bandagens, toalhas de papel, embalagens de alimentos e outros itens de lixo em geral.
- Lavanderia: reunir roupas e lençóis contaminados antes que qualquer outra coisa no quarto seja limpa. Não agitar os lençóis, pois isso pode espalhar partículas infecciosas.
- Superfícies duras e utensílios domésticos.
- Móveis estofados e outros móveis macios.
- Carpete e piso.
- Depósito de lixo.
A sugestão é que a própria pessoa que teve a varíola do macaco se responsabilize pela higienização, inclusive na lavanderia.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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