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Venezuela remarca próximas eleições e oposição insiste em boicote

Novo pleito ocorrerá 10 meses depois da questionada reeleição do mandatário Nicolás Maduro

AFP | Agence France-Presse
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A autoridade eleitoral da Venezuela informou nesta quarta-feira (19) que adiou em um mês as próximas eleições legislativas e de governadores, que a líder da oposição insistiu em chamar de "farsa" e a convocar um boicote. O pleito, previsto inicialmente para 27 de abril, será agora em 25 de maio, 10 meses depois da questionada reeleição do mandatário Nicolás Maduro.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, explicou, em declaração à imprensa, que a alteração tem "a intenção de facilitar e promover a participação dos diferentes atores da sociedade" no processo.

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"Foi produto da sugestão dos diferentes atores democráticos do país, acolhida pelo plenário do CNE", afirmou Amoroso, acusado de servir ao chavismo no poder.

"Que marquem a data que lhes der vontade", afirmou, por sua vez, a líder opositora María Corina Machado, que reivindica a vitória do exilado Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho.

"Em 28 de julho o povo decidiu e isso SE RESPEITA", escreveu Corina Machado no X. "Valorizo a decisão dos partidos políticos da Plataforma Unitária que hoje anunciaram que não validarão fraudes até que o mandato de 28 de julho seja cumprido. Prestar-se à farsa imposta por Maduro é ignorar esse mandato", acrescentou.

O CNE proclamou o presidente Nicolás Maduro como vencedor para um terceiro mandato sem publicar a apuração detalhada dos votos, como exige a lei. O resultado não foi reconhecido por Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos.

A oposição, por sua vez, publicou na internet cópias das atas das máquinas de votação como prova de seu triunfo. "Qualquer planejamento de eleições não só não é viável, como contradiz o mandato expressado pelos venezuelanos nas urnas", escreveu González, que fugiu da Venezuela após ser alvo de uma ordem de prisão.

Mais cedo, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior coalizão opositora do país, pediu "uma negociação formal" baseada "no reconhecimento da verdade de 28 de julho". "Defender civicamente a vitória de Edmundo González Urrutia não é crime", afirmou em comunicado, no qual pede a libertação dos presos políticos e garantias eleitorais.

O CNE exigirá que os participantes das futuras eleições assinem "um documento se comprometendo a respeitar e acatar todos os eventos relativos à eleição" e "os resultados emitidos". Além das eleições de maio, o Conselho tem previsto organizar um referendo sobre uma reforma constitucional, impulsionada por Maduro.

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