Veículos de mídia na Europa vão receber do Google por conteúdo jornalístico produzido
Acordos garantem o pagamento a mais de 300 veículos de mídia na Alemanha, França e outros quatro países da União Europeia
Foi anunciada nesta quarta-feira (11), a assinatura de acordos que vão assegurar que o Google, da Alphabet, pagará por conteúdos jornalísticos. A plataforma deve pagar mais de 300 veículos de mídia na Alemanha, França e outros quatro países da União Europeia e lançará uma ferramenta para facilitar a assinatura de outros veículos também. As informações foram repassadas à Agência Reuters e divulgadas pela Agência Brasil.
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Os mais críticos ao Google já vinham pedindo aos governos a garantia de que as plataformas online paguem remuneração justa por seu conteúdo. Há três anos, a União Europeia adotou regras de direitos autorais que exigem que o Google e outras plataformas paguem músicos, artistas, autores, editores de notícias e jornalistas pelo uso de seu trabalho.
Alguns países também vêm agindo nesse sentido, entre eles a Austrália, que tornou esses pagamentos obrigatórios no ano passado. No mês passado, o Canadá introduziu uma legislação semelhante.
"Até agora, temos acordos que abrangem mais de 300 publicações nacionais, locais e especializadas na Alemanha, Hungria, França, Áustria, Holanda e Irlanda, com muitas outras discussões em andamento", declarou Sulina Connal, diretora de notícias e parcerias de editoração, em um comunicado do Google visto pela Reuters, que deve ser publicado ainda nesta quarta-feira.
Dois terços deste grupo são editores alemães, incluindo Der Spiegel, Die Zeit e Frankfurter Allgemeine Zeitung (Faz).
Segundo Connal, a nova ferramenta lançada também vai fazer ofertas para milhares de veículos de notícias, começando na Alemanha e na Hungria e sendo lançada em outros países da União Europeia nos próximos meses. A ferramenta oferece aos veículos um contrato estendido de visualização de notícias que permite que o Google mostre trechos e imagens miniaturas por uma taxa de licenciamento.
Brasil
As principais associações de imprensa das américas assinaram um manifesto, em setembro do ano passado, reivindicando condições para remunerações justa e razoáveis aos veículos de comunicação, por parte das plataformas digitais, como Google e Facebook, que têm se beneficiado pelo uso do conteúdo produzido pelas empresas de jornalismo.
No Brasil, um projeto de lei elaborado em conjunto com as associações de jornais e emissoras do país tratava sobre o tema, mas naufragou em sua primeira etapa, que imprimiria rito urgente à matéria.
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