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Variante indiana já foi detectada em ao menos 53 países e territórios, diz OMS

Cepa B.1.617 é mais contagiosa e diminuiu a eficácia de vacinas

Redação Integrada, com informações do G1

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado nesta quarta-feira (26), apontou que a variante indiana do novo coronavírus, a B.1.617, já foi oficialmente detectada em 49 países e quatro territórios. São oito novas áreas na comparação com o boletim da semana passada.

Segundo a organização, fontes não oficiais informaram que a variante B.1.617 foi encontrada em mais sete países e territórios, incluindo nações que são referência no combate à pandemia, como China e Nova Zelândia, o que eleva o total de áreas afetadas para 60.

O documento aponta que a cepa B.1.617 é mais contagiosa e diminui a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção.

Até o momento, a OMS classifica quatro cepas como "variantes de preocupação global" (conhecidas pela sigla VOC): a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351), a brasileira (P.1) e indiana (B .1.617).

"A evolução do vírus é esperada e, quanto mais o SARS-CoV-2 circula, mais oportunidades ele tem de evoluir", alerta o relatório.
"Reduzir o contágio por meio de métodos de controle de doenças estabelecidos e comprovados é parte essencial da estratégia global para reduzir as mutações que têm implicações negativas na saúde pública".

A variante indiana B.1.617 possui três sub-linhagens, com pequenas diferenças (B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3), que foram descobertas entre outubro e dezembro de 2020.

As três apresentam mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Entre as alterações, a E484Q tem similaridades com a E484K, alteração encontrada nas variantes sul-africana e brasileira.

Até o momento, cientistas ainda não conseguiram estabelecer sobre a variante indiana: a sua real velocidade de transmissão e o quanto ela é mais transmissível; se a variante está relacionada a quadros de covid-19 mais graves, que exigem internação e intubação; e se ela aumenta o risco de reinfecção (a OMS já aponta uma "possível modesta redução na atividade de neutralização").

No Brasil, a variante indiana foi confirmada em tripulantes que chegaram em um navio que saiu da Malásia. Há casos suspeitos em outros Estados também, como Ceará e Pará.

Segundo o boletim semanal da OMS, as "taxas de ataque" da sub-linhagem B.1.617.2 da variante indiana parecem ser superiores às da variante britânica (a B.1.1.7).

"Novas evidências estão surgindo de que as taxas de ataque para a variante B.1.617.2 relatadas no Reino Unido entre 29 de março e 28 de abril de 2021 foram superiores ao da B.1.1.7", diz o documento.

A sub-linhagem B.1.617.2 também reduz a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas os imunizantes ainda são "altamente efetivos", segundo estudo preliminar.

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