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Trump prevê declarar estado de emergência nacional para deportar migrantes

As associações de defesa dos direitos humanos manifestam preocupação com o destino dos mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular nos Estados Unidos

Agence France-Presse
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, nesta segunda-feira (18), que planeja declarar estado de emergência nacional e usar o exército para realizar uma deportação em massa de migrantes.

“Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está preparada para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe Biden) por meio de um programa de expulsões em massa”, escreveu Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch na plataforma Truth Social, que pertence ao republicano.

O magnata, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, respondeu à mensagem com um “É verdade!”.

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Estima-se que 11 milhões de pessoas estejam no país ilegalmente, mas o republicano, durante a campanha, falava em deportar mais de 21 milhões

A Guarda Nacional é um corpo militar sob o comando do governador de cada estado, que pode ser convocado para a proteção do país em caso de conflito ou desastre.

Em abril, Trump declarou que essa força "deveria ser capaz" de assumir as expulsões de migrantes em situação irregular.

"Se não for o caso, usarei o exército", ou seja, as tropas federais, declarou à revista Time.

Desde sua vitória contundente nas eleições presidenciais de 5 de novembro, o republicano de 78 anos tem avançado rumo à aplicação das expulsões em massa de migrantes, a quem acusa de envenenar "o sangue" dos Estados Unidos, de "infectar" o país, de comer animais de estimação, de ser "assassinos" e "selvagens", entre outros insultos extremos.

Nos últimos dias, Trump se apressou em nomear Tom Homan como "czar da fronteira". Não detalhou em que consistirá o trabalho deste ex-diretor da agência responsável pelo controle da imigração (ICE) durante seu primeiro mandato, mas o nome do cargo fala por si só.

Homan é um defensor da linha dura em questões migratórias. Entre 2017 e 2018, supervisionou uma política que resultou na separação de 4.000 crianças migrantes de seus pais.

O presidente eleito reforçou essa nomeação com outros dois "falcões": Kristi Noem à frente do Departamento de Segurança Interna, responsável pela proteção de alfândegas e fronteiras e pela gestão da migração, e Mike Waltz como conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

As associações de defesa dos direitos humanos manifestam preocupação com o destino dos mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular nos Estados Unidos.

Muitos economistas também alertaram que uma expulsão em massa acarretaria um custo exorbitante e teria um impacto devastador na economia dos Estados Unidos, que já sofre com a escassez de mão de obra.  

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