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Trump pressiona Rússia por fim da guerra na Ucrânia; Putin resiste

Gustavo Freitas / Especial para O Liberal
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Na primeira semana de volta à Casa Branca, o presidente Donald Trump subiu o tom sobre a guerra na Ucrânia. Durante a sua campanha presidencial, o republicano havia dito que o conflito jamais teria acontecido sob seu comando e prometeu encerrar a guerra “em 24 horas”, caso fosse eleito.

Na última terça-feira, 21, Trump usou a sua plataforma, Truth Social, para publicar mensagem direta à Rússia. Inicialmente, o presidente norte-americano expressou seu amor “ao povo russo” e seu “bom relacionamento” com Putin, afirmando que “é hora de acabar com esta guerra ridícula”.

"Só vai piorar. Se não fizermos um 'acordo' logo, não tenho outra escolha a não ser impor altos níveis de taxas, tarifas e sanções em qualquer coisa que esteja sendo vendida pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países.", disse Trump.

Na quinta-feira, 23, o presidente americano participou do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, por videoconferência e reiterou que pretende se encontrar com Vladimir Putin para acabar com a guerra. “E isso não é do ponto de vista da economia ou de qualquer outra coisa. É do ponto de vista de que milhões de vidas estão sendo desperdiçadas. É uma carnificina. E realmente temos que pará-la”, afirmou.

Embora não tenham detalhado, conselheiros próximos a Donald Trump deixaram a entender que o plano da Casa Branca atenderia a demandas do Kremlin e forçaria Zelensky a ceder territórios conquistados pelos russos e a aceitar as novas fronteiras do país. Em 2014, a Rússia anexou integralmente a Criméia e, em 2022, iniciou uma invasão total ao país que culminou na ocupação quase integral do Donbass - composto por Donetsk e Lugansk - e 70% de Kherson e Zaporizhzhia.

Um ponto de tensão é sobre a adesão da Ucrânia à Otan. Em dezembro do ano passado, a equipe de transição de Donald Trump enviou uma proposta aos russos garantindo que a decisão sobre a entrada do país na aliança seria adiada por 20 anos, além de propor tropas de paz nas novas fronteiras do território ucraniano. A proposta foi prontamente rejeitada pelo governo russo.

​​“Não estamos satisfeitos com as propostas feitas em nome dos representantes da equipe do presidente eleito [dos EUA, Donald Trump] de adiar a adesão da Ucrânia à Otan por 20 anos e de introduzir um contingente de manutenção da paz formado por forças britânicas e europeias na Ucrânia — afirmou Lavrov à agência estatal Tass no fim do ano passado.

A Rússia enxerga a entrada da Ucrânia na Otan como uma ameaça à segurança do país, já que, caso se concretizasse, a aliança ocidental teria total influência ao país de maior fronteira compartilhada com os russos. Em fevereiro de 2022, às vésperas da invasão, Putin afirmou que “Se a Ucrânia se juntar à Otan, vocês nem terão tempo de piscar quando executar o Artigo 5”, referindo-se ao princípio de defesa coletiva da aliança, que considera um ataque contra um membro do grupo como um ataque contra todos.

Problemas no front

Zelensky passou a lidar com a impaciência de aliados ocidentais por não conseguir realizar uma contraofensiva diante dos russos. Durante a campanha, Trump descreveu Zelensky como "o melhor vendedor de todos os políticos que já existiram", referindo-se às sucessivas ajudas financeiras que os Estados Unidos enviam ao país.

Temendo que seu sucessor interrompesse repentinamente o suporte ao governo ucraniano, Joe Biden anunciou 5.9 bilhões de dólares de assistência militar ao país em dezembro do ano passado. Desde o início da invasão em 2022, o Congresso americano já aprovou mais de 175 bilhões de dólares em assistência para a Ucrânia.

Uma das principais deficiências das brigadas no front, é a insuficiência de drones para responder aos ataques russos diariamente, forçando organizações privadas e familiares a buscar financiamento para comprar os equipamentos e auxiliar os soldados.

“Todo dia precisamos de vinte novos drones para cada brigada, e uma brigada ocupa cerca de 7km no front. Cada drone custa cerca de cinco mil dólares. Agora imagine que dividimos 2.200 km de fronteira com os russos… é praticamente impossível para o governo arcar por conta própria”, disse Vladislav, gerente operacional da organização Come Back Alive.

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