Trechos de livro de Bolton complicam demanda para interromper publicação, diz juiz
O governo diz que o livro contém informações sigilosas e ameaça a segurança nacional
Um juiz federal expressou dúvidas na sexta-feira de que a Casa Branca possa manter as memórias do ex-assessor de segurança nacional John Bolton fora do alcance do público depois que os meios de comunicação divulgaram trechos e mais de 200.000 cópias foram distribuídas.
"O cavalo, como costumávamos dizer no Texas, parece estar fora do celeiro", disse o juiz distrital Royce Lamberth, em Washington, em uma audiência.
Lamberth avalia o pedido de emergência do governo Trump para uma ordem de restrição temporária e uma liminar contra a publicação agendada para 23 de junho de "The Room Where It Happened: A White House Memoir".
O governo diz que o livro contém informações sigilosas e ameaça a segurança nacional. Lamberth disse que vai revisar o livro antes de decidir.
O livro de Bolton chamou muita atenção pelo retrato sombrio de Trump.
De acordo com o livro, a política conduziu a política externa de Trump, incluindo o fato de que o presidente dos EUA implorou ao presidente chinês, Xi Jinping, por ajuda na eleição deste ano, além de detalhar supostas impropriedades não abordadas no julgamento de impeachment de Trump.
O presidente norte-americano demitiu Bolton, homem forte da política externa, em setembro passado, após 17 meses como consultor de segurança nacional.
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