Teste genético comprova morte de Prigozhin, líder do Grupo Wagner
O avião com Yevgeny Prigozhin e mais nove pessoas, caiu na última quarta-feira (23), matando todos a bordo
Uma análise genética feita por autoridades russas teria confirmado que Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo mercenário Wagner, morreu na queda de um avião na última quarta-feira (23). Neste domingo (27), foi divulgado que o comitê investigativo do país concluiu os exames genéticos moleculares, e as amostras de DNA correspondem à lista de passageiros da aeronave.
VEJA MAIS
Yevgeny Prigozhin, que atuou na invasão à Ucrânia e recentemente ameaçou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi identificado como uma das 10 vítimas da aeronave. Além disso, os outros corpos encontrados também correspondem à lista de passageiros e tripulantes do avião.
Além de Prigozhin, na lista de passageiros constavam seu vice, Dmitri Utkin; Sergei Propustin, Yevgeny Makaryan, Alexander Totmin, Valery Chekalov e Nikolai Matuseyev. Os tripulantes foram identificados como capitão Alexei Levshin, copiloto Rustam Karimov e comissária de bordo Kristina Raspopova.
O acidente
A queda do avião ocorreu na tarde de quarta-feira (23) no trajeto que o jato de fabricação brasileira Embraer Legacy 600 fazia entre Moscou e São Petersburgo, um dia depois de Yevgeny Prigozhin reaparecer em suas redes sociais com um vídeo que teria sido gravado durante operações do Wagner na África. O líder do grupo Wagner foi visto embarcando na aeronave diversas vezes, inclusive quando foi para Belarus após o motim fracassado de 24 de junho deste ano.
Quem é Yevgeny Prigozhin?
Nascido em 1961 em São Petersburgo, o oligarca Yevgeny Prigozhin fundou o Grupo Wagner em 2014, registrando-o como “companhia militar particular”, pois forças mercenárias são tecnicamente ilegais na Rússia.
Quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a milícia, notória por sua brutalidade, lutou ao lado do Exército russo regular. No entanto, em 23 de junho de 2023, frustrado com a liderança militar que classificava como ineficaz, Prigozhin encenou um motim, mobilizando suas tropas para entrarem em Moscou numa “marcha pela justiça”. A operação acabou não ocorrendo, mas Putin a classificou como “traição” e teria prometido punir os envolvidos.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA