Substâncias presentes em esmaltes podem aumentar risco de diabetes, aponta estudo

Pesquisa analisou o perfil de 1,3 mil mulheres norte-americanas

Lucas Costa
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Substâncias químicas presentes nas pequenas embalagens de esmaltes e xampus podem aumentar o risco do desenvovimento de diabetes tipo 2 por mulheres. É o que aponta um estudo publicado na última quinta-feira (8) no Journal of Clinical Endocrinology e Metabolism.

Cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, analisaram informações de 1,3 mil mulheres norte-americanas que participaram de uma pesquisa anterior. Elas foram monitoradas durante seis anos e nenhuma delas tinha diabetes.

No início da pesquisa, foram coletadas amostras de urina para testar a presença de ftalatos, um composto químico usado para transformar plásticos rígidos em maleáveis. A substância costuma ser encontrada em cosméticos.

Um total de 11 tipos de ftalatos foram encontrados nas amostras, incluindo alguns de baixo peso molecular, normalmente encontrados ​​em produtos de higiene pessoal, como fragrâncias, esmaltes e alguns produtos de higiene feminina.

Os cinetistas observaram ainda a presença do composto Di-2-etilhexil, usado com frequência em embalagens plásticas de alimentos e alguns brinquedos infantis.

Como as substâncias se comportam no organismo

Considerando fatores como demografia, estilo de vida e outras condições de saúde, o estudo descobriu que cerca de 5% das mulheres do estudo desenvolveram diabetes tipo 2 no final da pesquisa.

Os produtos químicos tóxicos podem causar diabetes devido a capacidade de interromper os hormônios insulina e glucagon - responsáveis por regular o açúcar no sangue - e desencadear a resistência à insulina nas células. Além desse risco, as substâncias podem ainda penetrar na pele e causar danos ao fígado, rins, pulmões e outros órgãos.

Estudo precisa ser aprofundado

Mesmo com a relação da doença e as substâncias, os cientistas também explicam que outros fatores podem contribuir com o desenvolvimento do diabetes tipo 2, entre eles a obesidade, dieta e privação de sono. Por conta disso, os pesquisadores defendem a necessidade de aprofundar os estudos sobre o assunto.

“Nossa pesquisa é um passo na direção certa para entender melhor o efeito dos ftalatos em doenças metabólicas, porém mais investigações são necessárias”, finalizam os responsáveis pelo levantamento.

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