Saiba o que é a substância letal enviada em carta para Trump
Ricina é produzida a partir de sementes de mamona
Um pacote endereçado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi interceptado antes de chegar à Casa Branca. Nele, continha uma substância letal, a ricina, um veneno encontrado naturalmente nas sementes da mamona. A carta foi descoberta em uma instalação de triagem de correspondência da Casa Branca, no início da semana.
O FBI (a polícia federal estadunidense) e o Serviço Secreto estão investigando de onde veio o pacote e se outros foram enviados pelo sistema postal dos EUA. “No momento, não há ameaça conhecida à segurança pública”, disse o FBI em um comunicado enviado no sábado (19). Relatórios dizem que a presença do veneno foi confirmada após testes do órgão.
De acordo com um funcionário do alto escalão do governo, os investigadores acreditam que o pacote foi enviado do Canadá.
Ricina
A substância, se ingerida, inalada ou injetada, pode causar náuseas, vômitos, hemorragia interna e, por fim, falência de órgãos. Não existe nenhum antídoto conhecido para a ricina.
Uma pessoa exposta à ricina pode morrer dentro de 36 a 72 horas, dependendo da dose recebida, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
O CDC afirma que o veneno pode ser transformado em uma arma na forma de pó, gás ou grânulos. A ricina tem sido usada em atentados terroristas.
Outros casos
A Casa Branca e outros prédios públicos dos Estados Unidos já foram alvo de pacotes de ricina no passado.
Em 2014, um homem do Mississippi (EUA) foi condenado a 25 anos de prisão por enviar cartas com ricina ao ex-presidente Barack Obama e outras autoridades.
Em 2018, um ex-veterano da Marinha estadunidense foi acusado de enviar cartas tóxicas ao Pentágono e à Casa Branca.
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