Rússia libertará jornalista americano em troca de prisioneiros com o Ocidente

Presidente dos EUA, Joe Biden chamou a troca de prisioneiros com a Rússia de 'façanha da diplomacia'

Agence France-Presse (AFP)

O jornalista americano Evan Gershkovich, condenado e preso na Rússia, será libertado no âmbito de uma troca de prisioneiros em grande escala, informou a imprensa americana nesta quinta-feira (1º). A CNN e outras redes do país americano deram a notícia, e a ABC News afirmou que a troca, que também inclui o ex-fuzileiro naval Paul Whelan, envolve vários países.

O Kremlin se recusou a comentar nesta quinta-feira. 

image Jornalista americano Evan Gershkovich, Paul Whelan, ex-fuzileiro naval dos EUA, Alsu Kurmasheva, uma jornalista russo-americana da Radio Free Europe/Radio Liberty e o ativista da oposição russa Vladimir Kara-Murza foram libertados pela Rússia (NATALIA KOLESNIKOVA, Kirill KUDRYAVTSEV, Alexander NEMENOV/AFP)

Durante vários dias especulou-se sobre a iminência de um acordo, depois de várias pessoas presas na Rússia terem sido transferidas dos seus locais de detenção, um acontecimento inusitado. 

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Caso a troca aconteça, seria a primeira entre Moscou e o Ocidente desde a libertação, em dezembro de 2022, da jogadora de basquete americana Brittney Griner, detida na Rússia por um caso de drogas e trocada pelo famoso traficante de armas russo Viktor Bout, preso nos Estados Unidos. 

Em 2010, em uma troca anterior, 14 espiões foram libertados, incluindo a russa Anna Chapman, condenada nos Estados Unidos, e Sergei Skripal, um agente duplo preso na Rússia. Contudo, desde 1985 e 1986, último período da Guerra Fria, não houve trocas de prisioneiros em grande escala.

Biden chamou a troca de prisioneiros com a Rússia de 'façanha da diplomacia'

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou a troca de prisioneiros com a Rússia, que permitiu o retorno do jornalista americano Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro naval americano Paul Whelan nesta quinta-feira (1º), como uma "façanha da diplomacia" que pôs fim à "agonia" dos detidos.

"O acordo que garantiu a sua liberdade foi uma façanha da diplomacia", disse Biden, confirmando que três cidadãos americanos e um residente permanente estavam entre as 16 pessoas libertadas pela Rússia, incluindo também cinco alemães e sete russos. 

"Algumas destas mulheres e homens foram detidos injustamente durante anos. Todos suportaram sofrimento e incerteza inimagináveis. Hoje, a sua agonia acabou", disse em comunicado.

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