Relatório aponta que Boeing ucraniano pegou fogo antes de cair no Irã

Cita testemunhas que presenciaram o acidente do solo e outras que estavam em uma aeronave que sobrevoava o local

Agência Estado
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Oficiais que investigam a queda de um avião Boeing 737 em Teerã, capital do Irã, divulgaram nesta quinta-feira, 9, um relatório preliminar do acidente. De acordo com o levantamento inicial, a aeronave foi consumida pelo fogo antes de atingir o chão. O relatório cita testemunhas que presenciaram o acidente do solo e outras que estavam em uma aeronave que sobrevoava o local.

O jato de três anos, que teve sua última manutenção programada na última segunda-feira, 6, encontrou um problema técnico, não especificado, logo após a decolagem. A aeronave desapareceu do radar a 8.000 pés (2.440 metros).

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O relatório também informa que a tripulação do avião não chegou a fazer contato por rádio para pedir ajuda. A equipe tentava fazer o avião voltar ao aeroporto Imam Khomeini, de onde saiu, quando o acidente aconteceu.

Os investigadores também divulgaram que as caixas pretas do avião foram recuperadas, embora estejam danificadas e, por isso, algumas partes da memória tenham se perdido.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que investigadores ucranianos já chegaram ao Irã para ajudar na investigação. Ele também afirmou que pretende ligar para o presidente iraniano, Hassan Rouhani, para conversar sobre o acidente.

"Sem dúvida, a prioridade da Ucrânia é identificar as causas do acidente", disse Zelenskiy. "Certamente descobriremos a verdade "

O Boeing 737-800 da companhia aérea UIA voava de Teerã, capital do Irã, para Kiev, capital da Ucrânia, e transportava principalmente iranianos e iranianos-canadenses. A aeronave caiu pouco após decolar na madrugada de quarta-feira, 8, matando todas as 176 pessoas a bordo.

Muitos dos passageiros eram estudantes internacionais que frequentavam universidades no Canadá; eles estavam voltando para Toronto por Kiev, depois de visitarem a família durante as férias de inverno.

O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau disse que 138 dos passageiros mortos rumavam para o Canadá. O acidente se tornou um dos piores desastres de aviação ligados ao país.

A bandeira do Parlamento em Ottawa foi hasteada a meio mastro, e Trudeau prometeu chegar ao fundo do desastre. "Saiba que todos os canadenses estão sofrendo com você", disse ele às famílias das vítimas.

Embora a causa da tragédia permaneça desconhecida, o desastre pode prejudicar ainda mais a reputação da Boeing, que foi atingida por dois acidentes mortais envolvendo um modelo diferente do jato da Boeing, o novo 737 Max, que foi aterrado por quase 10 meses.

O alvoroço levou à demissão do CEO da empresa no mês passado. A Boeing estendeu os pêsames às famílias das vítimas e disse que está pronta para ajudar nas investigações.

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