Quem já chegou à Lua? Confira quais países foram ao satélite e porque essa missão é tão importante
Nesta sexta-feira (19), o Japão poderá se tornar o 5º país à chegar à Lua, o que pode acarretar em mais um salto da humanidade rumo à novas descobertas sobre a origem da vida
Em poucas horas, o Japão poderá se tornar o 5º país a pousar na Lua para mais uma missão exploratória. Por sinal, a tentativa abordará uma estratégia nunca tentada a respeito do pouso da aeronave, com níveis de precisão considerados quase perfeitos, também inéditos.
A missão, caso concluída com sucesso, será um marco importante para o país e para o planeta, como um todo, uma vez que a alunissagem (termo usado para definir um pouso lunar) é um feito difícil de ser alcançado.
Mas, por que chegar à Lua é tão importante para a humanidade? Confira quantos outros países conseguiram completar a missão e por qual motivo isso é crucial, sob a perspectiva científica.
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Quais os países já chegaram à Lua?
Até hoje, somente os Estados Unidos, a Rússia (na verdade, a União Soviética), a China e a Índia tiveram sucesso em pousos na Lua.
Os primeiros pousos ocorreram em 1966, com o uso de robôs. A União Soviética chegou ao solo lunar com a sonda chamada Luna 9, em fevereiro. Em junho do mesmo ano, os EUA pousaram com o Surveyor 1.
Em 1969, os primeiros passos do homem na Lua foi possível por meio da missão Apollo 11, onde Neil Armstrong e Buzz Aldrin caminharam sobre a superfície lunar.
Em 1976, a alunissagem feita por um robô por meio da missão Luna 24, foi realizada pela União Soviética. A China pousou um satélite natural em 2013 e, finalmente, a Índia também conseguiu o feito, em 2023.
Em resumo, as missões feitas até o momento, foram:
- União Soviética, 1966, com a sonda Lunar 9;
- EUA, 1966, com o Surveyor 1;
- Missão Apollo 11, em 1969;
- Missão Luna 24, em 1976, também pela União Soviética;
- 2013, satélite natural da China;
- Índia, em 2023.
Por que chegar à Lua é importante para a humanidade?
O espaço e seus mistérios sempre foi alvo de pesquisas dos estudiosos por possivelmente ter as respostas para muitas perguntas, como de onde viemos e para onde vamos. A chegada do homem à Lua mostrou que o espaço, então, era uma fornteira que poderia ser vencida, uma vez que, graças à Missão Apollo 11, o desenvolvimento científico e espacial ganhou novos contornos.
Com a Missão Apollo 11, por exemplo, cientistas conseguiram desenvolver os ônibus espaciais e até o telescópio Hubble, que realizou produções incríveis do universo para análises.
Viagens espaciais ajudaram no desenvolvimento de tecnologias do dia a dia
No geral, as viagens espaciais implicaram no desenvolvimento de tecnologia em uso no cotidiano como a miniaturização eletrônica dos computadores de bordo, hoje em carros e aviões; uso de satélites para transmissão de imagens e informações; o monitoramento e ações a distância (próprio da telemedicina).
Outras tecnologias, como os tênis com absorção de impacto, roupas térmicas, a comida desidratada e as refeições embaladas a vácuo também são criações advindas dos processos exploratórios da Lua.
Em termos científicos, o maior progresso se deu com o exame do material recolhido na Lua. A coleta de um total de 382 kg de rochas, pedra e areia da Lua, feita em seis missões do programa Apollo, ajudou o desenvolvimento da teoria de que a Lua é resultado do choque, no começo da formação do sistema solar, de um corpo celeste do tamanho de Marte com a Terra.
Como vai funcionar a tentativa de pouso na Lua do Japão?
O Japão confia na Slim (sigla para Smart Lander for Investigating Moon, ou Pousador Inteligente para Investigação da Lua) para concretizar o objetivo do pouso lunar. É a primeira tentativa estatal japonesa de tal feito. De 2007 a 2009, o país empreendeu a bem-sucedida missão orbital de mapeamento lunar, a partir da espaçonave Selene (também chamada de Kaguya).
O histórico recente do país, porém, não é positivo, considerando que a primeira tentativa dos japoneses de pousar um artefato na Lua, em 2023, a partir da empresa nipônica ispace, falhou ao tentar chegar à superfície do satélite natural.
A sonda japonesa que tentará o pouso nesta sexta entrou em órbita da Lua em 25 de dezembro. Ela vem manobrando recentemente para aumentar a aproximação com a superfície, até estar a 15 km dela. É a partir daí que começa a descida até a cratera Shioli.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão
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