Putin não comparecerá à cúpula do Brics por risco de prisão na África do Sul

Presidente russo é alvo de mandado de prisão por supostos crimes cometidos durante a guerra contra a Ucrânia

Beatriz Moura
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O presidente russo Vladimir Putin não irá à reunião do Brics realizada entre os dias 22 e 24 de agosto, na África do Sul, por ser alvo de mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPP) por supostos crimes cometidos pela Rússia no período da guerra contra a Ucrânia. 

O chefe de Estado dos países do Brics será o único a não comparecer à reunião presencialmente. Putin participará do encontro remotamente porque a África do Sul é um dos países que integram o tribunal. 

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Segundo o julgamento da Corte, Putin é acusado de ser responsável por crimes de guerra, entre eles a deportação ilegal de crianças da Ucrânia para a Rússia. Maria Lvova-Belova, comissária do governo russo para direitos das crianças, também recebeu o mandado de prisão por supostamente estar à frente do crime de deportação. 

Na época, a entidade afirmou que os crimes teriam sido cometidos no início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022. “Existem motivos razoáveis para acreditar que eles (Putin e Lvova-Belova) cometeram os atos diretamente, juntamente a outros e/ou por meio de outros”, informou o comunicado da Corte.

Reunião do Brics 

O acrônimo Brics se refere ao bloco integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês), com objetivo de se contrapor às influências exercidas pela economia de países europeus e do Estados Unidos. Programada para os dias 22 e 24 de agosto, na África do Sul, a 15° cúpula dos Chefes de Estado do Brics será a primeira após a pandemia. 

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Joanesburgo nesta segunda-feira (21), ao lado da primeira-dama Janja e de Dilma Rousseff, ex-presidente e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). 

Também participam da reunião o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente da China, Xi Jinping e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

(*Beatriz Moura, estagiária sob supervisão do editor de OLiberal.com, Felipe Saraiva)

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