Putin declara lei marcial em quatro cidades da Ucrânia e limita circulação de civis em fronteiras
Putin disse que as medidas que ele estava ordenando aumentariam a estabilidade da economia, indústria e produção em apoio à guerra da Ucrânia
Nesta quarta-feira (19), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que vai introduzir a lei marcial nas quatro regiões da Ucrânia anexadas em setembro - Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk. As informações são do G1 Nacional.
A Lei Marcial é uma norma implementada em cenários de conflitos, crises civis e políticas, que substitui as leis e autoridades civis por leis militares. No início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou a introduzir a mesma lei em seu país.
Em um decreto publicado também nesta quarta-feira, Putin restringiu o movimento de entrada e saída de civis de Krasnodar, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Kursk e Rostov, todas próximas à Ucrânia, e os territórios da Crimeia e Sebastopol, que a Rússia anexou ilegalmente em 2014
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As medidas, com quase oito meses de guerra, marcaram a mais recente escalada de Putin para combater uma série de grandes derrotas nas mãos das forças ucranianas desde o início de setembro.
Em reação ao anúncio do presidente Russo, o governo ucraniano disse que a declaração deveria ser considerada "pseudo-legalização de saque de propriedade ucraniana".
Em declarações televisionadas a membros de seu Conselho de Segurança, Putin também instruiu o governo a estabelecer um conselho de coordenação especial sob o comando do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin.
A implementação da lei marcial chega no mesmo dia em que funcionários russos instalados em Kherson, uma das quatro regiões ocupadas, começaram a expulsar civis da cidade com a alegação de um ataque ucraniano iminente.
Putin disse que as medidas que ele estava ordenando aumentariam a estabilidade da economia, indústria e produção em apoio à guerra da Ucrânia. "Estamos trabalhando para resolver tarefas muito complexas e de grande escala para garantir um futuro confiável para a Rússia, o futuro de nosso povo", afirmou o presidente Russo.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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