Primeiro leilão de arte criado por robô arrecada mais de R$ 6 mi
Com uma altura de 2,2 metros, a peça foi criada pelo robô ultrarrealista Ai-Da e superou o preço mínimo estipulado pela Sotheby’s, que era de US$ 180 mil
Na última quinta-feira, 7 de novembro, ocorreu o primeiro leilão de uma obra de arte criada por um robô humanoide, arrecadando US$ 1,08 milhão, o que equivale a cerca de R$ 6,15 milhões. Inicialmente, a casa de leilões Sotheby’s Digital Art Sale havia anunciado que o valor da obra atingira R$ 7,4 milhões, mas esse número foi corrigido algumas horas depois.
A obra em questão é um retrato do matemático inglês Alan Turing, intitulado "A.I. God". Com uma altura de 2,2 metros, a peça foi criada pelo robô ultrarrealista Ai-Da e superou o preço mínimo estipulado pela Sotheby’s, que era de US$ 180 mil. Segundo a Sotheby’s, essa venda representa um marco na história da arte moderna e contemporânea, evidenciando a crescente interseção entre a tecnologia da inteligência artificial e o mercado artístico global.
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Ai-Da é um dos robôs mais avançados do mundo e é reconhecida como a primeira artista robótica ultrarrealista. Com formato feminino, ela utiliza câmeras em seus olhos e algoritmos de inteligência artificial para desenhar e pintar através de seu braço robótico. Desde sua criação em 2019, Ai-Da ganhou notoriedade internacional com exposições ao redor do mundo.
Em suas declarações, Ai-Da enfatizou que o principal valor de seu trabalho reside na capacidade de provocar diálogos sobre tecnologias emergentes. Ao criar um retrato de Alan Turing, ela convida o público a refletir sobre as implicações éticas e sociais da inteligência artificial e da computação.
“O principal valor do meu trabalho é sua capacidade de servir como um catalisador para o diálogo sobre tecnologias emergentes. Um retrato do pioneiro Alan Turing convida o público a refletir sobre a natureza divina da IA e da informática, considerando as implicações éticas e sociais desses avanços”, disse o Ai-Da, por meio do modelo de linguagem de IA.
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