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Presidente da Bolívia denuncia 'mobilização irregular' do exército

O ex-presidente Evo Morales denunciou tentativa de golpe militar. O atual mandatário, Luis Arce, confirmou que as forças armadas do país realizam uma "mobilização irregular"

AFP e Estadão Conteúdo
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Tropas militares e tanques se posicionaram nesta quarta-feira (26) em frente à sede do governo boliviano em La Paz e tentaram derrubar uma porta do palácio presidencial, conforme relataram jornalistas da AFP.

Soldados e blindados ocuparam a Praça Murillo, no centro da capital boliviana, onde está localizada a sede presidencial. Um tanque tentou derrubar uma porta metálica do palácio presidencial, e em seguida o general Juan José Zúñiga, comandante do Exército, entrou no edifício.

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Segundo a televisão boliviana, o oficial entrou brevemente no prédio antes de sair caminhando.

image Militares ocuparam a Praça Murillo, na capital da Bolívia (Aizar Raldes / AFP)

Por enquanto, não se sabe se o presidente Luis Arce está no palácio.

"Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada", escreveu Arce em seu perfil na rede social X.

"Está ocorrendo um Golpe de Estado. Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques estão sendo deslocados para a Praça Murillo", denunciou o ex-presidente Evo Morales.

"Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia diante do golpe de Estado liderado" pelo general Zúñiga, acrescentou.

Desde terça-feira circulavam rumores sobre a possível destituição do oficial, que está no cargo desde novembro de 2022, após declarações contra Morales, que já foi aliado do presidente Arce e hoje é seu maior adversário político.

image Populares se afastam do gás lacrimogêneo disparado por tropas militares em frente ao Palácio Quemado, na Plaza de Armas (Aizar Raldes / AFP)

Em uma entrevista na segunda-feira a um canal de televisão, o chefe do Exército afirmou que prenderia Morales se ele insistisse em se candidatar à presidência nas eleições de 2025, apesar de ter sido impedido pela justiça eleitoral.

"Está legalmente impedido, esse senhor não pode mais ser presidente deste país", disse Zúñiga.

Evo foi deposto por militares em 2019, em meio a intensos protestos no país que o acusavam de fraudar as eleições.

Pouco depois das declarações de Arce, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, o diplomata uruguaio Luis Almagro, disse que a entidade não tolerará a ruptura da ordem institucional no país.

"Manifestamos a nossa solidariedade para com o presidente Luis Arce. A comunidade internacional e a Secretaria-Geral da OEA não tolerarão qualquer forma de violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar", disse Almagro.

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