Presa na Itália assistente de eurodeputado vinculada à investigação sobre a Huawei
Uma assistente de um eurodeputado vinculado à investigação por subornos no Parlamento Europeu e que envolve a gigante Huawei foi presa na Itália por pedido das autoridades belgas, apontaram fontes da polícia italiana nesta sexta-feira (21).
Lucia Simeone, assistente do eurodeputado europeu Fulvio Martusciello, foi presa em Caserta, perto de Nápoles, na noite de quarta-feira, depois de um controle rotineiro de tráfego, disseram às fontes à AFP.
Martusciello é eurodeputado pelo partido conservador Forza Italia e em Bruxelas integra o bloco do Partido Popular Europeu (PPE, direita).
Simeone, de 47 anos, era alvo de uma ordem europeia de prisão emitida pelas autoridades belgas após várias buscas realizadas como parte da investigação que sacudiu o Parlamento Europeu há uma semana.
Esse pedido de prisão menciona acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e associação ilícita, segundo a polícia.
A mesma fonte acrescentou que a polícia italiana não possuía mais detalhes, mas em virtude do alcance da ordem acreditavam que a prisão estava relacionada com a investigação sobre a Huawei.
O gabinete do procurador federal em Bruxelas se recusou a fazer comentários ou identificar os suspeitos.
Na terça-feira, o Ministério Público belga anunciou que cinco pessoas foram indiciadas nessa investigação.
Um escritório utilizado pela equipe de Martusciello havia sido lacrado por agentes da polícia na capital belga.
Na semana passada, o Parlamento Europeu foi abalado por um escândalo ante suspeitas de subornos. O Ministério Público anunciou que os casos de corrupção sob investigação "teriam beneficiado a Huawei".
Segundo o Ministério Público belga, os fatos de corrupção aconteceram de forma regular "e muito discretamente desde 2021 até hoje, sob a aparência de lobby comercial".
Todos esses fatos tinham "o objetivo de promover interesses comerciais puramente privados", apontou o Ministério Público.
Em 2022, o Parlamento Europeu se viu imerso em um enorme escândalo por tráfico de influências em benefício do Catar e possivelmente Marrocos, em um caso batizado de "Catargate".
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