Polícia do Canadá procura suspeitos de esfaqueamentos que deixaram 10 mortos e 15 feridos

A polícia do Canadá está à procura de dois suspeitos de uma série de ataques à faca que matou dez pessoas e feriu pelo menos 15, principalmente em uma comunidade indígena escassamente povoada. O caso ocorreu neste domingo (4).

Os esfaqueamentos foram registrados em 13 locais diferentes e estão entre os assassinatos em massa mais letais da história moderna do Canadá. "Estou chocado e devastado pelos horríveis ataques", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau em comunicado. "Como canadenses, choramos com todos os afetados por essa trágica violência e com o povo de Saskatchewan".

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Dois homens são suspeitos do ataque. Eles foram identificados como Damien Sanderson, de 31 anos, e Myles Sanderson, de 30 anos. Não há mais detalhes sobre a motivação do crime ou sobre as vítimas.

Uma declaração de líderes indígenas indicou que os ataques podem estar relacionados a entorpecentes. "Esta é a destruição que enfrentamos quando drogas ilegais nocivas invadem nossas comunidades", disse a Federação das Nações Indígenas Soberanas. O grupo representa 74 Primeiras Nações em Saskatchewan.

Segundo a mídia local, uma mãe de dois filhos estava entre as dez pessoas mortas, citando o ex-parceiro da mulher.

Em maio, Myles Sanderson foi listado como foragido pelo Saskatchewan Crime Stoppers, um programa que incentiva o público a cooperar com a polícia. Não há mais detalhes sobre por que ele era procurado.

"Parece que algumas das vítimas podem ter sido alvejadas, e algumas podem ser aleatórias. Assim, falar sobre um motivo seria extremamente difícil neste momento", disse Rhonda Blackmore, comandante da Polícia Montada Real Canadense de Saskatchewan, em uma coletiva de imprensa. Veja:

De acordo com a polícia, é possível que haja mais vítimas feridas que se deslocaram para outros hospitais.

Os indígenas representam menos de 5% da população do Canadá de cerca de 38 milhões e sofrem com níveis mais altos de pobreza, desemprego e uma expectativa de vida menor do que outros canadenses.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).