Polícia britânica vai revisar acusações contra o príncipe Andrew por abuso sexual
Virginia Giuffre, agora com 38 anos, afirma que o segundo filho da rainha Elizabeth II é "um dos homens poderosos" a quem foi "entregue para finalidades sexuais", quando ela tinha 16 anos
A polícia britânica prometeu, nesta quinta-feira (12), que voltará a examinar as acusações contra o príncipe Andrew, depois que uma mulher o processou nos Estados Unidos, alegando que foi abusada por ele por meio da rede do empresário Jeffrey Epstein.
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Virginia Giuffre, agora com 38 anos, afirma que o segundo filho da rainha Elizabeth II é "um dos homens poderosos" a quem foi "entregue para finalidades sexuais".
Os fatos ocorreram entre 2000 e 2002, quando a denunciante tinha 16 anos, sob a extensa rede de tráfico sexual pela qual Epstein foi preso. O financista se suicidou em uma prisão de Manhattan no verão boreal de 2019.
"Pedi à minha equipe que revise de novo os documentos", disse à emissora LBC a chefe da polícia de Londres, Cressida Dick, destacando que as acusações já foram investigadas duas vezes em cooperação com o Ministério Público.
"É claro que estamos dispostos a trabalhar com as autoridades estrangeiras, forneceremos a elas toda a assistência solicitada dentro da lei", acrescentou Dick, que disse que "ninguém está acima da lei."
O príncipe Andrew, que negou essas acusações, é acusado de ter "agredido sexualmente" Giuffre, na época menor de idade, em três ocasiões: em Londres, na casa de uma pessoa próxima a Epstein, Ghislaine Maxwell; na propriedade de um empresário de Nova York e nas Ilhas Virgens.
Contatados pela AFP, nem os serviços do príncipe Andrew nem a família real quiseram fazer comentários.
O duque de York, de 61 anos, já havia negado "categoricamente" a acusação em uma entrevista à BBC em novembro de 2019, na qual não expressava nenhum arrependimento pela sua amizade com Epstein ou a menor empatia pelas suas vítimas.
Apesar de negar os episódios, a associação de Andrew ao empresário americano o obrigou a se retirar da vida pública, embora continue aparecendo em público junto à família real.
Segundo uma fonte próxima ao príncipe Charles, citada nesta quinta-feira pelo Times, a denúncia "provavelmente reforçará a opinião [do herdeiro ao trono] de que o retorno do duque é impossível".
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