Pesquisa aponta que pessoas consideram relação com cães mais satisfatória que com humanos
Estudo aponta ainda que tutores enxergam seus pets como filhos ou melhores amigos
Uma pesquisa publicada na revista científica Scientific Reports revelou que muitas pessoas consideram o vínculo com seus cães mais satisfatório do que relações com melhores amigos ou até familiares próximos. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste, na Hungria, mostrou que a relação entre tutor e animal de estimação pode ser comparada a uma mistura de laços entre pais e filhos e amizades próximas.
O levantamento ouviu mais de 700 tutores de cães, que avaliaram 13 características sobre o relacionamento com seus pets e o compararam com seus vínculos com um filho, parceiro romântico, parente mais próximo e melhor amigo. Para a maioria dos entrevistados, o cão foi classificado como a fonte mais satisfatória de companhia, além de ser considerado o ser que mais demonstra amor.
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Segundo os pesquisadores, os cães ocupam um espaço afetivo especial na vida das pessoas: oferecem a proximidade emocional de uma criança, a lealdade de um amigo e a previsibilidade de uma relação marcada pelo controle do tutor.
“Os resultados destacam que os cães ocupam um lugar único em nosso mundo social — oferecendo a proximidade emocional de uma criança, a facilidade de um melhor amigo e a previsibilidade de um relacionamento moldado pelo controle humano — revelando por que nossos laços com eles costumam ser tão profundamente gratificantes”, explicou Enikő Kubinyi, chefe do departamento de Etologia da universidade.
O estudo aponta ainda que, ao contrário do que se pensava, pessoas com relacionamentos humanos mais fortes também tendem a ter vínculos mais intensos com seus cães — ou seja, os animais não são um substituto para a falta de apoio social, mas sim um complemento emocional.
“Esperávamos que pessoas com relacionamentos humanos fracos dependessem mais de seus cães para apoio, mas nossos resultados contradizem isso”, afirmou Dorottya Ujfalussy, coautora da pesquisa. “As pessoas não pareciam usar os cães para compensar o apoio insuficiente em seus relacionamentos humanos.”
A conclusão reforça a ideia de que os cães complementam a vida emocional dos tutores, ao invés de funcionarem como substitutos para o convívio social.
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