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Papa Francisco quase morreu aos 21 anos e retirou parte do pulmão após grave infecção

Líder da Igreja Católica enfrentava complicações respiratórias desde fevereiro; ele passou por cirurgia no pulmão ainda jovem, após epidemia de gripe

Hannah Franco | Especial em OLiberal

O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos. O óbito foi confirmado pelo Vaticano nas primeiras horas da manhã. O 112º pontífice tinha um histórico de problemas respiratórios que o acompanharam desde a juventude e conviveu por mais de seis décadas com sequelas de uma cirurgia pulmonar feita quando ainda era seminarista, aos 21 anos.

Em novembro de 1957, Jorge Mario Bergoglio — como era conhecido antes de assumir o papado — enfrentou uma infecção pulmonar grave. À época, os médicos diagnosticaram três cistos no lobo superior do pulmão direito e, diante do agravamento do quadro, optaram pela remoção parcial do órgão. A cirurgia, considerada de alta complexidade para os padrões da época, foi descrita pelo próprio Francisco como “cruel”.

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“Você pode imaginar o tamanho dos cortes e o quanto sofri”, relatou Francisco.

O então jovem seminarista estava no segundo ano do Seminário de Villa Devoto, em Buenos Aires, quando uma forte epidemia de gripe atingiu a instituição. Enquanto a maioria dos colegas se recuperava normalmente, o estado de saúde de Bergoglio se agravou, evoluindo para pleurisia — inflamação da pleura, membrana que reveste os pulmões.

Após meses de tratamentos sem sucesso, a cirurgia foi realizada com as melhores técnicas médicas disponíveis na época. “Eu estava no segundo ano do Seminário de Villa Devoto. Naquele inverno, uma forte epidemia de gripe se espalhou e muitos seminaristas foram infectados. Eu também. Mas de fato, no meu caso, a situação evoluiu de uma forma mais complicada”, contou o Papa em entrevista ao médico e jornalista argentino Nelson Castro, em 2019

Segundo ele, o pulmão direito acabou se expandindo, compensando parcialmente a perda, o que tornava a ausência quase imperceptível, exceto para especialistas.

Complicações recentes

Nos últimos anos, Francisco voltou a enfrentar complicações respiratórias. No início de fevereiro de 2025, o Vaticano anunciou que o Papa passaria a realizar audiências em sua residência, devido a um quadro de bronquite. Dias depois, o Pontífice foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, onde exames apontaram uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral — condição que afetava ambos os pulmões.

O histórico pulmonar delicado agravou o quadro clínico. Mesmo assim, no domingo (20), o Papa fez uma última aparição pública durante a celebração de Páscoa na Basílica de São Pedro, onde acenou aos fiéis com visível dificuldade e voz enfraquecida.

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