Países da Otan se reúnem e decidem não enviar aviões nem tropas para a Ucrânia

Para os membros da aliança, interferência direta no conflito poderia resultar em uma guerra total na Europa

O Liberal
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Nesta sexta-feira (4), países integrantes da aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) analisaram novas opções para socorrer a Ucrânia. Apesar da tentativa de se evitar a qualquer custo, a hipótese de um conflito direto com a Rússia já não tem sido mais descartada de pronto por alguns países. As informações são do Portal Metrópoles e AFP. 

Ao final da reunião, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança não terá aviões na Ucrânia, descartando assim a criação de uma zona de exclusão aérea neste país, algo que havia sido solicitado pelo governo ucraniano. Tropas da Organização também não devem entrar no território ucraniano. 

Para Stoltenberg, "a única forma de implementar uma área de exclusão aérea na Ucrânia" é por meio do envio de aviões de combate da Otan, que teriam que derrubar aviões russos que operam na Ucrânia. Porém, os países acreditam que se isso for feito, haverá "algo que pode se transformar em uma guerra total na Europa, envolvendo muitos outros países e causando muito mais sofrimento humano", expressou.

Por essa razão, os aliados da Otan tomaram a "decisão dolorosa" de reforçar sanções e o apoio à Ucrânia, mas "sem envolver forças da Otan diretamente no conflito na Ucrânia, nem em seu território ou seu espaço" aéreo.

Antes do encontro, o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgars Rinkevics, defendeu a Otan deve “considerar todas as opções”, sem excluir um possível confronto direto. A Letônia é parte da Otan desde 2004 e faz fronteira com Belarus e com a Rússia. Para Rinkevics, os governos “não devem excluir” qualquer forma de interromper a invasão.

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A guerra entre Ucrânia e Rússia entra hoje no nono dia. “Acho que devemos considerar todas as opções, mas também devemos entender que, digamos, algumas políticas da Otan podem ser implementadas somente se aqueles países que tiverem os ativos necessários concordarem com aquilo”, disse.

Já o ministro da Romênia, Bogdan Aurescu, entende que Otan deve adaptar sua postura militar no Leste Europeu para a realidade pós-invasão da Ucrânia.

“Temos que adaptar a postura para a realidade, que mostra que tropas russas estão na Ucrânia e em Belarus, então precisamos repensar tudo”, disse Aurescu.

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